Variedades
Coletivos femininos transformam a imagem da moda nacional
“Quanto estão te pagando pra você abrir mão dos seus sonhos?”. Foi essa frase que fez a baiana Priscilla Adduca, formada em Direito, repensar toda a sua vida profissional e começar a buscar uma carreira que trouxesse sentido em sua vida. Após uma tentativa frustrada de fundar uma marca de moda-praia, começou a buscar inspiração em pessoas que mudaram seu estilo de vida para encontrar um trabalho que lhes fizessem verdadeiramente feliz.
Foi quando surgiu a ideia de reunir todos estes exemplos em um só lugar, e assim, em setembro de 2014, nasceu o Mulheres que Inspiram, uma comunidade que conecta mulheres criativas e empreendedoras, que, com trocas de experiências, estimulam umas às outras a ser protagonistas de suas próprias carreiras.
Além disso, o projeto mantém uma conta no Instagram que compartilha história de mulheres que, com seus trabalhos, fazem alguma diferença no mundo – é o caso da blogueira norte-americana Lauren Singer, que tem um projeto que ensina as pessoas a produzirem menos lixo, e a da visagista Débora Gotlib, dona da Casa Júpiter, um salão de beleza que ajuda suas clientes a se tornarem as melhores versões de si mesmas.
Uma história parecida é de Nini Ferrari que fundou o Projeto Curadoria em uma fase de incerteza profissional e busca, por meio de entrevistas, contar histórias de mulheres que podem servir de exemplos para quem está em busca de inspiração.
A ideia inicial era de coletar a história de 365 mulheres, durante o ano todo de 2017, mas a plataforma de divulgação do trabalho feminino deu tão certo que ela continuou com o projeto.
Nesse mesmo estilo de reunir projetos interessantes comandados por mulheres criativas está o ASMANA, fundado pela publicitária Juliana Fernandes e a designer Denise Saito em setembro de 2017, que é um site que reúne o trabalho de pequenas empreendedoras, dando visibilidade, suporte de vendas e divulgação para elas.
“O ASMANA surgiu de uma necessidade minha, há um tempo venho pensando sobre consumo consciente, de comprar do pequeno produtor”, conta Juliana. “Isso se juntou com a minha vontade de ajudar mulheres a se emancipar.”
Hoje, 21 produtoras, que comercializam acessórios, bolsas, alimentos, roupas e objetos de decoração, fazem parte do coletivo. A curadoria de marcas é feita pela própria Juliana, que se preocupa em comercializar apenas produtos autênticos e de qualidade, para mostrar a seus consumidores que produtos feitos em pequena escala valem o investimento.
Autor: Anna Rombino, especial para a AE
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