Variedades
Meu tempo é hoje, diz Marina Lima
No início do mês, Marina Lima lançou o clipe de seu funk de nome provocativo, Só Os Coxinhas, do disco Novas Famílias – o primeiro de inéditas desde o álbum Clímax, de 2011 -, que será lançado nas plataformas digitais e nas lojas nesta sexta, 16. Bem-humorada, Só Os Coxinhas é uma das canções que marcam a retomada da parceria da cantora e compositora carioca com o irmão mais velho, o poeta e filósofo Antonio Cicero – o trabalho em dupla já rendeu grandes sucessos da carreira de Marina como Fullgás, À Francesa, Pra Começar.
“A gente tem uma obra de quase 200 músicas”, diz Marina, ao Estado. “É o primeiro funk que fizemos juntos”, completa ela, ansiosa para assistir, coincidentemente também nesta sexta, à posse de Cicero na Academia Brasileira de Letras (ABL), onde, como imortal, ocupará a cadeira 27. E Marina fala sobre esse momento na vida do irmão com olhos marejados. “Ele merece ter esse reconhecimento, e fico muito emocionada pensando no meu pai e na minha mãe, que, se estivessem vivos, estariam com um orgulho imenso dele.” Com a morte prematura do irmão do meio, Beto, em 2008, a cantora conta que ela e Cicero ficaram mais unidos – mesmo ela morando em São Paulo há quase 8 anos e ele ainda no Rio.
E foi São Paulo que Marina escolheu como cenário do clipe de Só Os Coxinhas. Mais precisamente o centro, onde as pessoas foram convidadas ali, no dia da gravação, a participar da produção. E o pessoal foi chegando, interagindo, embalado por esse funk com jeito carioca em pleno coração de São Paulo. “Tinha uma loja de som, a gente alugou por R$ 100 duas caixas de som, aí soltávamos a base, eu cantava e gente via quem se interessava, quem passava por ali.” A própria Marina entrou literalmente na dança. “Agora abaixa um pouquinho/agora dá um risinho/Agora solta o mindinho/Só os coxinhas, vai!”, canta, num trecho da música.
“O funk é um ritmo muito popular. O que eu queria realmente era uma coisa que qualquer brasileiro entendesse, que fosse uma coisa engraçada, para zombar, para brincar”, explica. “(A música) tem uma mensagem, mas uma coisa que acho muito importante, ainda mais agora, é o humor. Valorizo muito quem me faz rir. Gosto de estar viva, não quero pensar que não há mais possibilidade de melhora. Quero pensar que meu trabalho e o de muita gente podem ajudar a potencializar uma melhora que a gente merece, o Brasil merece, o mundo merece.”
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Autor: Adriana Del Ré
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