Política
Polícia indicia ex-vereador do PT por agressão
A Polícia Civil de São Paulo indiciou nesta segunda-feira, 9, o ex-vereador do PT de Diadema Manoel Eduardo Marinho, o “Maninho”, e também seu filho, Leandro Marinho, por lesão corporal dolosa – quando existe a intenção de agredir outra pessoa – contra o empresário Carlos Alberto Bettoni, de 56 anos. Eles se envolveram em tumulto em frente ao Instituto Lula, em São Paulo, na quinta-feira passada.
O confronto ocorreu pouco depois de o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva – condenado e preso na Operação Lava Jato – deixar o local para seguir para o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, em São Bernardo do Campo, no dia em que o juiz Sérgio Moro expediu o mandado de prisão.
“Maninho” e o filho foram flagrados em vídeo discutindo e empurrando Bettoni várias vezes até o empresário cair na rua e bater com a cabeça no para-choque de um caminhão. Bettoni ficou desacordado e sangrando, até ser socorrido. Ele sofreu traumatismo craniano e está internado no hospital São Camilo. Segundo o hospital, ele continua em observação na UTI, com o quadro estável e sem previsão de alta.
O caso é investigado pelo delegado Wilson Zampieri, do 17.º Distrito Policial. “Maninho” foi vereador pelo PT em Diadema por cinco mandatos. Ele tentou a prefeitura da cidade, mas não se elegeu. O político e o filho prestaram depoimento na tarde de segunda.
Defesa
Procurada, a advogada Patrícia Cavalcanti, que defende os dois, afirmou que em nenhum momento houve intenção de dolo. “O senhor Manoel Eduardo e o Leandro não são pessoas dadas a essa situação, mas a ocasião que se vivia ali, eles saíam de uma reunião onde estava sendo definida a entrega do ex-presidente Lula”, disse ela.
Segundo a advogada, “eles saíram com os nervos já um pouco acalorados, se depararam com esse grupo, esse grupo começou a desferir xingamentos, ofensas, e foi um momento em que esse senhor (Carlos Alberto Bettoni), além de xingar, falou ‘volte aqui que eu vou dar na sua cara'”. Ela completou que se tratou de “uma reação”. “Foi esse o ocorrido, foi esse fato que desaguou na fatalidade. Em nenhum momento houve a intenção de dolo real”, disse ela, em referência ao episódio.
Autor: Luiz Vassallo e Fausto Macedo
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