Política
Vitória do populismo poderia levar à venezuelização do País, diz Alckmin
O pré-candidato do PSDB à Presidência da República, Geraldo Alckmin, disse nesta quinta-feira, 21, que as eleições de outubro serão um “divisor de águas” para a história do País e que uma vitória do “populismo” poderia resultar num Brasil “venezuelano”. Ele falou por mais de uma hora a empresários na Federação das Indústrias do Rio (Firjan). A entidade vem recebendo os candidatos a presidente.
No almoço-palestra, Alckmin afirmou que a equipe econômica que o assessora, formada por nomes como Edmar Bacha e José Roberto Mendonça de Barros, trabalha para desenhar formas de “dobrar a renda do brasileiro”, por meio, por exemplo, de investimentos na área de educação e no sentido da dinamização da economia do País.
Para cerca de 100 pessoas, o tucano defendeu as reformas previdenciária, tributária e fiscal, entre outras medidas que deverão ser prioritárias num eventual governo seu. Ele lembrou que a campanha eleitoral será curta. Declarou que, se eleito, terá de agir nos primeiros seis meses de governo para aprovar as reformas, valendo-se da legitimidade da escolha nas urnas.
O ex-governador de São Paulo, instado pela plateia a falar sobre segurança pública, defendeu a criação de uma “guarda nacional de caráter permanente” e um maior engajamento dos municípios para o combate ao crime. Quanto a seu posicionamento com relação à possibilidade de descriminalização das drogas, ele disse que “não tem comprovação de que a legalização poderia trazer benefício maior”, e que é preciso acompanhar o impacto da legalização em países como o Uruguai.
Sobre o peso do papel estatal no crescimento do País, disse que “o Estado não deve ser empresário”, e sim focar em seu papel de “planejador, regulador e fiscalizador”.
Em sua fala, ele não mencionou a operação “Pedra no Caminho”, deflagrada nesta quinta-feira pela Polícia Federal. A ação foi às ruas prender 15 pessoas suspeitas de desviar dinheiro das obras do trecho Norte do Rodoanel Mário Covas; o principal alvo foi Laurence Casagrande Lourenço, colaborador de Alckmin de longa data, tendo sido seu secretário de Transportes e Logística e passado por outras áreas da gestão estadual. Hoje ele preside a Companhia Energética de São Paulo.
As obras cujas contas foram superfaturadas ficaram a cargo das empreiteiras OAS e Mendes Junior. A construção ainda não terminou. De acordo com as investigações que resultaram na “Pedra no Caminho”, teria havido um sobrepreço de R$ 600 milhões.
Autor: Roberta Pennafort
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