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O príncipe Danilo do SESC
Há muitos anos mantemos um contato prazeroso com o educador Danilo Santos de Miranda. De forma carinhosa, costumo chamá-lo de “Príncipe Danilo da Cultura”, fazendo uma analogia com o “Príncipe Danilo do Futebol”, neste caso o jogador Danilo Alvim, craque do América, do Vasco da Gama e da seleção brasileira, que tive o prazer de ver jogar. Ambos se destacaram pela elegância em suas áreas de atuação. Nascido em Campos dos Goytacazes, no Norte Fluminense, mas radicado em São Paulo, onde é uma das figuras de maior relevo na cena cultural brasileira, através do eficiente trabalho que desenvolve no Sesc, Danilo não economiza recursos e esforços quando o assunto é levar arte e divertimento à população.
Graças aos programas da sua competente equipe do Sesc, criado em 1946 (há 72 anos), existe uma programação regular que disponibiliza para todos exposições, shows e espetáculos teatrais de qualidade que fazem a alegria de crianças, jovens e adultos. As atividades conseguem atingir a mais de 15 milhões de pessoas, colaborando para a formação cultural de grande número de estudantes que prestigiam as apresentações. Destacamos ainda que os projetos formatados no segmento literatura ajudam a melhorar o hábito de leitura e valorizam a produção do mercado editorial. Não podemos esquecer as ações ligadas ao atendimento médico, que também fazem parte do pacote, promovendo a assistência à saúde e garantindo o bem-estar de todos que recorrem aos serviços.
Os exemplos citados reforçam a importância das atividades desenvolvidas pelo chamado Sistema S (Sesc, Sesi, Senai e Senar). Mesmo assim, de vez em quando vêm à tona algumas notícias dando conta de que o governo pretende destinar parte dos recursos dessas entidades para projetos educacionais. Só que a verba do Sistema S já atende há muitos anos a esta demanda. São comentários e boatos, alguns deles chegando a até mesmo a aventar a possibilidade de extinção do sistema, e que não ajudam em nada a mostrar a real importância do trabalho feito há décadas.
Como estamos às vésperas da posse do novo governo eleito, o próprio Danilo Santos de Miranda usou as redes sociais para informar que não há nenhum fato efetivo, documento, proposta ou indicação objetiva de mudanças ou extinção: “Vamos continuar com esforço para cumprir o nosso objetivo e nossa missão diariamente”. Segundo ele, o Sesc tem o amparo da Constituição para realizar seu trabalho de maneira tranquila, usando os recursos provenientes da contribuição de todas as empresas do comércio, de serviços e de turismo. Tudo precisa ser mantido e preservado.
Falando em nome de mais de 7 mil funcionários do Sesc São Paulo e de mais de 32 mil do país inteiro (Sesc nacional), e também de todos os trabalhadores das demais instituições que compõem o Sistema S, Danilo Santos de Miranda lembra que é fundamental manter a essência do que tem sido feito durante todos esses anos. Ele destaca o caráter sociocultural voltado para vários campos, onde a cultura tem um papel importante, mas também, a atividade física, o esporte, a recreação, o lazer, as questões ligadas à alimentação, a saúde de forma geral, o atendimento ao idoso, à criança e ao adolescente. Ele chama a atenção das particularidades contidas nas programações oferecidas ao público: “São aspectos essenciais do dia a dia e do bem-estar, os quais realizamos, cumprindo a missão da instituição”.
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