Morreu nesta segunda-feira, 04, o ex-governador de Alagoas, Guilherme Palmeira, pai do prefeito de Maceió, Rui Palmeira.

Ele lutava contra o câncer de pâncreas há alguns meses e estava sendo acompanhado por médicos amigos da família.

Guilherme Palmeira foi um dos políticos mais populares do Estado de Alagoas, sem, no entanto, ter sido populista.

Na sua história política sempre foi bem avaliado pela opinião pública.

Biografia

Era filho de Rui Soares Palmeira e Maria Gaby Gracindo. Bacharel em Ciências Jurídicas e Sociais pela Faculdade Nacional de Direito, da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Foi eleito deputado estadual pela ARENA, em 1966, 1970 e 1974, licenciado-se para ocupar a Secretaria de Indústria e Comércio no primeiro governo Divaldo Suruagy.

Indicado governador de Alagoas, em 1978, firmou um acordo para pacificar as correntes políticas arenistas, em especial a liderada pelo senador Arnon de Melo. Extinta a ARENA, Guilherme Palmeira ingressou no PDS e foi eleito senador, em 1982, derrotando Teotônio Vilela, um dos próceres pela redemocratização do Brasil.

Eleitor de Tancredo Neves no Colégio Eleitoral, em 1985, cerrou fileiras no PFL e foi eleito presidente nacional do partido, em 1986, condição cumulativa com a de candidato ao governo de Alagoas, sendo derrotado justamente por Fernando Collor. Disposto a recuperar seu capital político, foi eleito prefeito de Maceió, em 1988, mandato ao qual renunciou em 1990, quando foi eleito para o seu segundo mandato como senador.

Em 1994, foi indicado candidato a vice-presidente na chapa de Fernando Henrique Cardoso pela coligação União, Trabalho e Progresso, e permaneceu nessa condição até agosto daquele ano.

Candidato à reeleição, em 1998, perdeu a vaga no Senado Federal para a candidata do PT Heloísa Helena e, após tal revés, foi indicado ministro do Tribunal de Contas da União, onde chegou ao cargo de vice-presidente, aposentando-se em 2008.

Guilherme Palmeira era irmão de Vladimir Palmeira, destacado líder estudantil e férreo opositor do Regime Militar de 1964, e que foi eleito deputado federal pelo PT do Rio de Janeiro, em 1986 e 1990. Também era primo do atual secretário municipal de Saúde, José Thomaz Nonô.