Economia

Endividamento dos brasileiros cresce na atual pandemia do Coronavírus

07/10/2020
Endividamento dos brasileiros cresce na atual pandemia do Coronavírus

Atravessando uma das fases mais difíceis de suas vidas nos últimos tempos, milhares de brasileiros vêm tendo enormes dificuldades de manter as contas em dia em virtude da recessão econômica mundial causada pela atual pandemia do Coronavírus.

Conforme o consultor financeiro Silvio Azevedo- em comparação ao mês de agosto do ano passado com o mesmo mês nesse ano, ocorreu um aumento no número de pessoas com dívidas em atraso. “Ano passado era 24.3% da população economicamente ativa e hoje 26,7% se encontra nessa situação nos dias atuais, já em relação às pessoas que não terão condição de pagar as dívidas era de 9,5% e no momento atual é 12, 1%”, contou.

Ainda segundo o consultor financeiro, a pandemia escancarou a falta de planejamento financeiro dos brasileiros. “A atual pandemia apenas demonstrou o quanto a falta de planejamento afeta as famílias que só vivem o hoje e não se protegem ou pensam no futuro”, declarou.

Sobre as causas que fazem os brasileiros estarem tão endividados, Azevedo diz que a falta de educação financeira é o grande motivo dessa situação tão complicada, pois só pensa em viver o agora e esquece o amanhã. “Defendo que a educação financeira faça parte do currículo-escolar base. Lembrando que este endividamento não está relacionado apenas à baixa renda das pessoas, já que pessoas com renda superior a 10 salários mínimos também estão endividados”, destacou.

Para quem está no vermelho, o consultor recomenda as seguintes coisas: “Tratem a educação financeira como necessidade básica em um ambiente familiar, assim como se discute a religião, futebol, política, devia-se tratar de finanças pessoais- sendo que para saírem do vermelho, tem que começar a olhar para a própria vida financeira e analisar quais as pequenas mudanças que podem ser feitas para que elas possam começar de maneira rápida e fácil uma economia diária. É importante reavaliar as tarifas do cartão de crédito (anuidade), manutenção de conta corrente e tarifas como teds e docs, conta de celular, televisão a cabo, Netflix, internet, por isso penso que algumas famílias que tem contas bancária em dois bancos diferentes e dois cartões de crédito, chegam a gastar até R$ 200 de tarifas bancárias ao mês sem perceber. A saída para amenizar essa despesa do orçamento é abrir conta corrente em bancos digitais que são gratuitos e são ótimas opções para a população com menor poder aquisitivo”, enfatizou.