Brasil
Lucio Costa revolucionou ensino da arquitetura no Brasil
Autor do projeto do Plano Piloto de Brasília, o arquiteto e urbanista Lucio Costa representou uma revolução no ensino da arquitetura no Brasil, a partir de iniciativas inovadoras, ainda nos anos 1930, consideradas absolutamente modernistas. “Ele deu o pontapé para a renovação da arquitetura brasileira, assim como a Semana de Arte Moderna representou inovação para as artes e a literatura”, disse o professor de história da arquitetura na Universidade de Brasília (UnB) Andrey Schlee.
Em sala virtual que também terá presença de Vicente Del Rio, Schlee vai discutir o assunto, na quinta-feira (12/8), a partir das 17 horas, em mais um evento online do ciclo de debates da Fundação Astrojildo Pereira (FAP) e Biblioteca Salomão Malina, nas atividades de pré-celebração ao centenário da Semana de Arte Moderna.
A transmissão será realizada pelo portal e redes sociais da entidade, assim como pela página da biblioteca no Facebook. Todos os internautas interessados podem participar diretamente do debate, por meio da sala virtual do Zoom. Para isso, basta solicitar o acesso por meio do WhatsApp oficial da biblioteca (61.984015561).
Ainda em 1929, Lucio Costa conheceu a Casa Modernista de São Paulo, do arquiteto russo-brasileiro, Gregori Warchavchik. Após a Revolução de 1930, a convite de Rodrigo Melo Franco, ele foi nomeado diretor da Escola Nacional de Belas Artes, com o objetivo de implantar um curso de arquitetura moderna.
Por isso, convocou Warchavchik para dirigir o ensino de arquitetura e criou o salão livre de artes plásticas, que coordenou, oficialmente, as experimentações artísticas. Sua ação provocou reação violenta de professores e acadêmicos, que culminou com seu afastamento após uma greve que durou por oito meses.
“Houve reação muito grande de professores conservadores ao Lucio Costa – e também pró, mas por parte de alunos”, diz Schlee, ressaltando que as ideias e propostas dele foram vitoriosas e contribuíram de forma fundamental para a renovação do pensamento arquitetônico no país.
Nos anos seguintes, em 1937, houve a construção de primeiros edifícios, de fato, modernistas no Brasil de influência francesa. “A construção do edifício do Ministério da Educação e Saúde Pública, no Rio, é absolutamente modernista, notadamente por essa turma que emerge da Reforma de 30”, comenta o professor da UnB.
Na avaliação de Schlee, Lucio Costa representa, sem dúvida alguma, o esforço para modernizar o país, seguindo a ideia de renovar com gente nova, com cabeças novas. “A grande revolução que ele fez foi convidar professores modernistas para dar aula na Escola de Belas Artes. Teve coragem de contratar”, afirma.
SERVIÇO
Ciclo de Debates sobre Centenário da Semana de Arte Moderna
13º evento online da série | Modernismo, cinema, literatura e arquitetura.
Webinário sobre Lucio Costa e a revolução no ensino da arquitetura
Dia: 12/8/2021
Transmissão: a partir das 17h
Onde: Perfil da Biblioteca Salomão Malina no Facebook e no portal da FAP e redes sociais (Facebook e Youtube) da entidade
Realização: Biblioteca Salomão Malina e Fundação Astrojildo Pereira
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