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Tudo vai dar certo

Outro dia lendo a biografia de Darcy Ribeiro, antropólogo, educador e romancista, ocupante da cadeira de número 11 da Academia Brasileira de Letras, diretor de estudos sociais do Centro Brasileiro de Pesquisas Educacionais do MEC, presidente da Associação Brasileira de Antropologia, criador da Universidade de Brasília, tendo sido o seu primeiro reitor, Ministro da Educação e Chefe da Casa Civil no governo João Goulart, enfim um grande cidadão, impressionei-me com um texto de sua lavra onde ele assim se expressava:
“Fracassei em tudo o que fiz na vida. Tentei alfabetizar as crianças do país, não consegui. Busquei salvar os índios, em vão; sonhei com uma universidade séria, não logrei. Procurei fazer o Brasil desenvolver-se autonomamente e naufraguei. Mas os fracassos são as minhas vitórias. Eu detestaria estar no lugar de quem me venceu”.
O mundo está cheio de criaturas que pensam semelhante ao imortal acadêmico, até eu mesmo em algumas oportunidades me incluo nesse rol, contudo não canso de repetir que quando agimos por amor e afeição a tudo o que realizamos, os objetivos são alcançados.
Na era em que vivemos é fundamental o homem saber se reinventar a cada novo ato, então consciente do dever cumprido, sentir-se repleto de felicidade fortalecendo a certeza de que por nada nesse mundo devemos nos deixar levar pela decepção, mas sim correr atrás do objetivo, almejando a vitória.
Buscar incessantemente o amor ganhando a paz, sendo forte e esperto o suficiente para investir na crença do pensamento positivo, pois muitas vezes a escalada é íngreme e perigosa mas a chegada é certa.
Saber acreditar existirem coisas bonitas esperando lá na frente, e conscientizar que o importante não são as pedras encontradas pelo caminho, mas sim as flores que trazemos conosco alimentando nossas intenções.
Darcy se hoje aqui chegasse novamente, estaria certo de nunca haver sido vencido pois permanentemente tentou. Aceitaria a ideia de ser a vida, o dever trazido para fazer em casa e com certeza com o decorrer das horas, dias e anos, perceberia que nem mesmo os seus erros passaram despercebidos mas no final, as pessoas sempre lhe julgaram positivamente.
Como ele, nos também caímos no chão, de novo e outra vez mais, em algumas ocasiões até machucando, fazendo-nos carregar cicatrizes que um dia levaram a imaginar não haveríamos de conseguir seguir em frente. Mas foram nesses momentos onde as forças físicas e mentais pareciam desaparecer, que de repente de onde menos se esperava surgiu alguém para oferecer a mão e nos levantar, então brilhou a luz da esperança.
Pudesse eu falar ao grande literato, lhe diria: – Darcy, a vida é assim mesmo pois enquanto, através dos tempos algumas pessoas triunfam, mas no futuro perante a história são humilhadas, outras são eternamente iluminadas, principalmente para os que como você, foram constantemente altruístas.
Como um dia poetizou Vinicius de Moraes, a vida é a arte do encontro, embora haja tantos desencontros pela vida. Tudo vai dar certo… ah se vai!
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