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Trabalho e Dignidade

Admira-se como desde a antiguidade o trabalho tem duas faces. Uma inicial como algo dificultoso e repulsivo, outra como progresso do ser. O contista grego Esopo, por exemplo, expressa o gostar ou não do ofício através do conto da cigarra e da formiga.
Ambos sabem da vinda do inverno, mas uma se prepara e outra não. Escolhas e consequências. Algo semelhante pode ser visto na fábula dos três porquinhos de Jacobs.
Um deles, mais afeito a labuta, até pelo próprio nome, faz uma casa de tijolos e sem preguiça. O zelo no serviço e na obra bem feita torna sua vida segura as intempéries do meio. O lobo é apenas uma figura simbólica dos perigos e eventualidades externas que todos estão propícios a sofrer.
A ocupação é uma maneira de nos exercitar, transformando o meio ambiente, assim como sofrendo influências em nosso interior. Somos construtores do trabalho e por ele construído também. O que sentimos e temos em nosso interior de conhecimento, inteligência e destreza, como um mundo-espelho, refletimos em nossas realizações.
Assim, mais do que ter a pressa de terminar a função, é vital refletirmos que tipo de reputação queremos ter. Ou ainda, qual a imagem e mensagem que desejamos passar para o mundo. Mais do que uma simples troca monetária, o ofício é legítimo apostolado do ser no mundo. A dignidade que queremos ter é aquela que deixaremos em nossas obras. Sejamos como o Cristo que expressa: “Meu Pai trabalha até agora, e eu trabalho também” – João 5:17.
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