Pelas afinidades da vida há os encontros e desencontros de gostos, pensamentos e sentimentos que aproximam ou não os indivíduos. Pessoas afins apresentam sintonias de ânimos e ideias que se tornam quistas umas às outras. Todavia, por mais preciosas que sejam as afinidades é vital investigar com profundidade a observação: “Não te furtes a fazer o bem a quem de direito, estando na tua mão o poder de fazê-lo” (Provérbios 3:27).

Ou seja, execute o certo em toda ocasião. Não te associe com o mal por influências de terceiros. Não deixe o próximo estragar o teu dia. É a postura estoica de que nem tudo está sob o nosso controle e para aquelas que podemos influenciar, que façamos o certo. De fazer o nosso melhor, mesmo que o outro não esteja preparado. Ou ainda não acordou do sono da inércia, ou do cativeiro da ignorância. É essencial luz e amor para brilhar e realizar a diferença. Uma claridade que não ofusca, nem afasta as pessoas. Nisso reside a conduta da grande alma indiana, Mahatma Gandhi: ser a diferença no mundo que se quer ver.

De agir não na postura da Lei de Talião, de olho por olho, dente por dente. Mas nas iluminações das sombras interiores e nas bem-aventuranças para florescer no mundo o que se tem de melhor. Apenas quando se trata o presente como uma oportunidade de se associar com o bem, o belo e a verdade universal tornar-se-á possível ao ser humano atravessar a ponte para searas mais felizes.