Parafraseando Nicolau Maquiavel, O Príncipe (1469-1527): “Um povo que aceita passivamente a corrupção e os corruptos, não merece a liberdade. Merece a escravidão. Um país cujas leis são lenientes e beneficiam bandidos, não tem vocação para a liberdade. Seu povo é escravo por Natureza”.

Álvaro Queiroz, Professor, historiador, filósofo, teólogo, escritor, secretário perpétuo do vetusto Instituto Histórico e Geográfico de Alagoas, membro efetivo da Associação Alagoana de Imprensa (AAI), bem como de outros sodalícios de relevo, trouxe à lume seu novel livro no mercado literário intitulado Uma Vida Sacerdotal – Traços Biográficos do Mons. José Luís Soares, inserido na CBA Editora, com a clarividência que lhe é peculiar.

No Sumário de sua valiosa obra, vê-se as temáticas: O Ano de 1922, No Santa Maria: uma vida de família, Ex Digito Gigans (pelo dedo se reconhece o gigante), No seminário: uma formação silenciosa para um profícuo apostolado, No Exercício do Ministério, Atividade Intelectual, Reitor do Seminário, O Cura da Sé, O Globe – Trotter, Perfil e Fechando a Cortina. Linguagem acessível àqueles amantes da Igreja Cristã Caeté. E, portanto, evangeliza, sem tergiversar os fatos envolvendo o biografado.

Ei-lo dissecando a personalidade do Monsenhor em epígrafe: “Quero, enfim, na celebração dos cem anos de nascimento do Pe. José Luís Soares, homenagear o sacerdote jubilar, que, ao longo de sua vida, semeou luz nas nossas consciências, semeou eternidade na torrente impetuosa do tempo, cuja palavra foi eco do infinito na terra”.

Dir-se-ia sem favor nenhum, Álvaro Queiroz destaca-se no cenário da literatura alagoana como o papa da historiografia contemporânea, e, ao mesmo tempo, focaliza em bons termos a trajetória bem-sucedida de um homem que se fez santo na terra a serviço de Deus.

Pesquisa acurada, ancorada na verdade erudita de um homem que se fez escritor por vocação e, principalmente, voltado à Santa Fé, que harmoniza a história de mais de dois mil anos nos umbrais do Vaticano. Afora isso, leva o leitor a interagir mesmo sendo leigo nos episódios dos dias atuais católicos. Merece, pois, encômios pela versatilidade literária. Ex-colega do Centro Universitário CESMAC, sempre pautou sua vida acadêmica nos alicerces da sabedoria da Igreja Católica Apostólica Romana.

Por fim, felicito-o pela abordagem segura e, ao mesmo tempo, distinguindo os valores morais, intelectuais, temporais de um sacerdote que viveu seu tempo em ação de graça contínua, olhando para o Céu como agradecendo ao Criador pela vida recebida em prol da coletividade caeté. Parabéns por, Uma Vida Sacerdotal!