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A Saga dos Veiga ( I )
Historicamente, meu abastado trisavô lusitano Lourenço Ferreira de Mello Sucupira da Veiga aportou no Valle do Parayba nos idos de 1838. Adquiriu léguas de terras na “ Princesa das Matas”, edificando o famoso Sobradão com status colonial, acoplado à Capela de São Lourenço, santo mártir (10.08.258) de sua solene devoção. Diga-se, de passagem, usou a força de 14 escravos alforriados que usava na labuta da Fazenda São Lourenço, isto é, Santuário dos Veiga da então Villa Lourenço que durou 74 anos em sua justa homenagem.
À época, fundara a supracitada Villa que, por sinal, permaneceu até a chegada da Great Werten em 1912. Como já existia uma Estação Lourenço de Albuquerque, impossibilitou a permanência da tradição. Daí, então, passou a chamar-se de Paulo Jacintho até hoje. Atualmente, dirige àquela unidade municipal o alcaide Fontan, conhecido pela alcunha de Chicão.
Seguindo a tradição familiar, surgiu meu empreendedor bisa Luís Veiga de Araújo Pessoa major Lulu (1827- 1988). Herdou de seu ilustre genitor duas usinas de beneficiamento de algodão, Engenho de Açúcar, bem como investiu na agropecuária, desmatando suas extensas léguas de viçosas terras para o plantio de lavouras de subsistência rentável. Afora isso, empreendeu ações visando incrementar a criação de gado de corte e de leite.
Por outro lado, modernizou o famoso Sobradão, dotando-o de infraestrutura moderna, ou seja, realizou pintura interna na Capela, adquirindo imagens importadas de Portugal, compradas em Salvador. Além disso, construiu um cemitério onde estão sepultados meus ancestrais, escravos e pessoas ligadas à família. Fora um realizador de magnânimas festas dado seu prestígio social com a nata daquela época.
Nesse contexto histórico familiar, brotou o famoso José Luís de Veiga Lima - capitão Cazuza (18.05.1870 - 23.01.1945). Homem de fibra, agricultor, fazendeiro forte, temente a Deus, soube gerenciar o patrimônio herdado com muita proficiência. Contraiu núpcias pela primeira vez com Josepha Fernandes Costa, filha do famoso cel. Manoel Fernandes Costa - Inácia Fernandes Costa. Dessa união, brotou o filho primogênito João Veiga de Lima (24.04.1892 - 08.12.1963). Fora criado pela avó numa deferência especial do capitão Cazuza.
Viúvo pela segunda vez, casou-se com Josefa Teixeira Lima (Dona Moça), minha avó desconhecida. Filha de Pedro Theotônio da Cunha Lima e Josefa Leopoldina Teixeira de Vasconcelos de Lima, proprietários da Fazenda Mata Limpa. Jovem com 22 primaveras, deu muitas alegrias ao também jovem esposo com 26 anos.
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