Uma resposta do Mercosul às exigências da União Europeia sobre um possível acordo entre os blocos vai ser enviada nas próximas semanas. É o que disse, nesta quarta-feira (19), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que considera “agressiva” a carta europeia.

A declaração foi dada durante coletiva de imprensa na Bélgica, onde Lula esteve para a cúpula da Celac-União Europeia. O presidente brasileiro quer que esse acordo seja firmado ainda este ano, já que o Brasil está na presidência do Mercosul e a Espanha comanda o bloco europeu.

Entre as exigências da União Europeia, para fechar acordo com o Mercosul, estão metas ambientais e que os países façam parte de licitações para compras do governo. Segundo Lula, não dá pra aceitar essa exigência, pois avalia a compra governamental como ponto estratégico. E disse que o Mercosul não vai ceder às pressões.

Também antes de deixar a Bélgica, Lula mencionou a proposta feita à Venezuela, que sofre sanções dos Estados Unidos, além de outros países. Acrescentou que governo e oposição do país vizinho precisam se organizar nas eleições presidenciais do ano que vem, para que seja pedido o fim dos embargos.

Outro ponto debatido durante a terceira cúpula da Celac-União Europeia foi a guerra na Ucrânia. Lula disse que os presidentes dos dois países não querem ceder, mas que é preciso que outras nações consigam convencê-los a isso.

Depois de deixar a Europa, Lula fez uma parada em Cabo Verde, na África, onde teve um encontro com o presidente José Maria Neves. Depois seguiu de volta ao Brasil, com previsão de pouso na capital federal no começo da noite.

Internacional Brasília 19/07/2023 - 13:14 Leila Santos/ Renata Batista Sayonara Moreno - Repórter da Rádio Nacional Lula Mercosul UE quarta-feira, 19 Julho, 2023 - 13:14 219:00