Internacional
Prigojin pode ter sido visto pela primeira vez desde motim fracasso do grupo Wagner, diz CNN
Vídeo que circula no Telegram parece mostrar o líder mercenário cumprimentando seus soldados na Bielorrússia; imagens, escuras e sem edição, ainda estão sendo checadas
O fundador do grupo Wagner pode ter feito sua primeira aparição nesta quarta-feira, quatro semanas após um motim fracassado contra a alta cúpula de Defesa da Rússia. Um vídeo publicado no Telegram por canais apoiadores dos mercenários russos parece mostrar Yevgeny Prigojin cumprimentando seus soldados na Bielorrússia, para onde muitos se dirigiram desde o mês passado, como parte de um acordo mediado por Minsk que encerrou o levante, informou a CNN, que ainda está trabalhando na checagem do material.
— Bem-vindos, caras! Estou feliz em cumprimentar todos vocês. Bem-vindo à terra bielorrussa! Lutamos com dignidade! Fizemos muito pela Rússia — diz um homem que se parece e soa como Prigojin no vídeo, que foi postado em canais pró-Wagner no Telegram nesta quarta-feira e depois compartilhado na conta do líder mercenário.
No vídeo, um soldado aparentemente se dirige a Prigojin como “Yevgeny Viktorovich”, primeiro nome do líder mercenário acompanhado do sobrenome de seu pai. O vídeo, sem edição, é granulado e filmado com pouca luz, então não é possível dizer com certeza que quem está falando é Prigojin ou quanto o material foi filmado. Os metadados do arquivo, porém, sugerem que foi criado na madrugada desta quarta-feira, segundo a CNN.
Prigojin também teria criticado o planejamento e a execução de operações militares do Ministério da Defesa da Rússia nas imagens e sugeriu que seus soldados não lutariam na Ucrânia por enquanto.
— O que está acontecendo agora na frente de batalha é uma desgraça da qual não precisamos participar. Precisamos esperar o momento em que podemos nos provar plenamente — afirmou. — Portanto, foi tomada a decisão de ficarmos aqui na Bielorrússia por algum tempo. Tenho certeza de que durante esse período faremos do Exército bielorrusso o segundo maior do mundo. E, se necessário, iremos defendê-los se for o caso.
O líder do Wagner ainda destacou “que os bielorrussos nos receberam não apenas como heróis, mas também como irmãos”, e sugeriu que sua estadia na Bielorrússia pode ser temporária, pedindo aos combatentes que se preparem para viajar para outro lugar.
— Devemos nos preparar, melhorar e partir para uma nova jornada para a África — declarou. — Talvez voltemos [à Ucrânia] quando estivermos confiantes de que não seremos solicitados a nos envergonhar e a nossa experiência.”
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