Internacional
Governo da Índia enfrenta voto de desconfiança no Parlamento
O Parlamento da Índia autorizou nesta quarta-feira (26) a realização de um voto de desconfiança contra o governo do primeiro-ministro Narendra Modi a pedido de uma aliança de partidos da oposição, o que forçará o líder a abordar, em detalhes, a questão dos confrontos étnicos em um Estado do nordeste do país.


O Partido Bharatiya Janata (BJP), de Modi, tem uma clara maioria de 301 membros na câmara baixa do Parlamento (equivalente à Câmara dos Deputados, no Brasil), com 542 assentos, de modo que o voto de desconfiança não afetará sua estabilidade.
Em vez disso, a oposição quer desencadear um debate sobre a violência no remoto Estado de Manipur, governado pelo BJP, onde mais de 130 pessoas foram mortas e 60 mil deslocadas desde o início de maio.
Aprovando a moção da oposição, o presidente da câmara baixa, Om Birla, disse que em breve decidirá quando o debate e a votação ocorrerão.
As tensões étnicas no pequeno Estado de 3,2 milhões de habitantes são vistas como um raro fracasso político e de segurança do governo de Modi, que terá eleições nacionais em maio de 2024.
Outros incidentes de incêndio criminoso e a destruição de algumas casas abandonadas, escritórios do governo e veículos por multidões armadas foram relatados em pelo menos dois distritos de Manipur nesta quarta-feira, disse um policial local, pedindo para não ser identificado.
Modi não havia comentado publicamente sobre a violência até a semana passada, quando vídeos mostrando duas mulheres desfilando nuas e sendo molestadas por uma multidão em Manipur provocaram indignação nacional.
Modi condenou o ataque em massa como "vergonhoso" e prometeu ação dura contra os perpetradores.
Os partidos da oposição, no entanto, interromperam a sessão do Parlamento, que começou na semana passada, para exigir uma declaração detalhada de Modi sobre Manipur, seguida de um debate.
Como chefe do governo, ele terá que responder à moção de desconfiança antes da votação.
A violência começou em 3 de maio, depois que um tribunal ordenou ao governo do Estado que considerasse a extensão de benefícios econômicos especiais e cotas em empregos públicos e educação desfrutados pelo povo tribal Kuki também à população majoritária Meitei.
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