Internacional
Presidente do Níger é confinado em residência oficial durante tentativa de golpe de Estado da Guarda Presidencial
Segundo fontes próximas a Mohamed Bazoum, Exército se manteve leal ao líder do país e exigiu que guardas se retirem para evitar confrontos
O presidente do Níger, Mohamed Bazoum, foi preso por membros da Guarda Presidencial (GP) nesta quarta-feira, em uma tentativa fracassada de golpe de Estado condenada por países africanos e pela União Europeia (UE). Segundo uma fonte próxima à Presidência, que pediu anonimato, "depois de algumas negociações, a Guarda Presidencial se recusou a libertar o presidente e o Exército deu um ultimato", provocado pelo "impulso" dos membros da guarda, que bloquearam o acesso à sede da Presidência na capital Niamei.
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Outra fonte próxima ao presidente Bazoum, no poder desde abril de 2021, disse à AFP que a tentativa de golpe estava "destinada ao fracasso". Já relatos citados pelo Financial Times indicam que o chefe da Guarda Presidencial, o general Omar Tchani, pediu a renúncia do presidente.
A Comunidade Econômica dos Estados da África Ocidental (Cedeao) confirmou a "tentativa de golpe de Estado" e manifestou o seu "espanto e preocupação", exortando "os autores deste ato a libertarem imediata e incondicionalmente o presidente da República democraticamente eleito".
Em uma mensagem publicada na rede social Twitter, posteriormente apagada, a Presidência do Níger indicava que "elementos da Guarda Presidencial [...] tentaram, em vão, obter o apoio das Forças Armadas nacionais e da Guarda Nacional".
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"O Exército e a Guarda Nacional estão dispostos a atacar os elementos da GP envolvidos" caso não mudem de postura, acrescentou a Presidência, que destacou que tanto Bazoum como a sua família "estão bem".
A União Africana (UA) condenou a "tentativa de golpe de Estado" e pediu o "retorno imediato e incondicional dos militares traidores aos seus quartéis".
O chefe da diplomacia da UE, Josep Borrell, também manifestou a sua rejeição e disse estar "muito preocupado", afirmando que o bloco "condena qualquer tentativa de desestabilizar a democracia e ameaçar a estabilização do Níger".
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