Internacional
Junta Militar de Mianmar prorroga estado de exceção e adia eleições no país
Decisão frustra expectativa de que as eleições gerais ocorressem em agosto, como prometido pela Junta

A junta militar de Mianmar decidiu, nesta segunda-feira, prorrogar o estado de exceção no país por seis meses, adiando para janeiro as eleições, que ocorreriam em agosto. A decisão acontece depois que uma explosão matou uma pessoa e feriu outras 12 perto de um posto de controle da ponte Thanlwin, no sudeste do país. O explosivo estava instalado em um veículo, mas o ataque não foi reivindicado por nenhum grupo.
A junta militar, que prometeu que as eleições ocorreriam neste mês, já dava sinais contrários: em fevereiro, por exemplo, o grupo já havia prorrogado o estado de exceção, alegando que o país “ainda não tinha voltado à normalidade". Segundo a Constituição do país, prorrogar o estado de exceção significa adiar a data em que as eleições podem ser realizadas.
O presidente interino, Myint Swe, afirmou que o estado de exceção, que deveria expirar no final de julho, "será prorrogado por mais seis meses a partir de 1º de agosto de 2023". A decisão foi aprovada pelo Conselho Nacional de Segurança e Defesa, formada por militares.
Em anúncio à estatal MRTV, o general Min Aung Hlaing afirmou que é necessário à junta “continuar com a responsabilidade por um certo período de tempo”, já que as eleições gerais precisam de preparação e estabilidade.
Mianmar é cenário de um conflito civil desde o golpe de 1º de fevereiro de 2021, que derrubou a líder civil eleita Aung San Suu Kyi. Desde o início do conflito, mais de 3 mil pessoas morreram, segundo a organização local, embora o número suba para 5 mil no balanço da Junta. Outras centenas de milhares de pessoas fugiram do país. (Com Bloomberg)
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