Internacional
Guerra na Ucrânia: conquista de vilarejo em Zaporíjia evidência sucesso da contraofensiva ucraniana
Vitória no campo de batalha foi anunciada por Zelensky e representa sinais de avanço das tropas de Kiev pelo sul do país
Durante 10 dias, fuzileiros navais ucranianos lutaram rua por rua e casa por casa para reconquistar o vilarejo de Staromaiorske, em Zaporíjia, enfrentando a artilharia, os ataques aéreos e centenas de soldados russos.
Saiba mais: Rússia bombardeia prédio e universidade na Ucrânia após repelir ataque com drones ucranianos a Moscou
Contraofensiva: Defesa russa abate drones ucranianos em Moscou e na Crimeia, e Kiev diz que 'guerra está chegando à Rússia'
O Exército russo defendeu o território ferozmente, mas a batalha acabou terminando na quinta-feira com a sua desistência. Os ucranianos reivindicaram a vitória.
— Alguns fugiram, outros foram deixados para trás — disse um comandante de assalto da 35ª Brigada de Fuzileiros Navais da Ucrânia. — Estávamos os tornando prisioneiros.
A recaptura de Staromaiorske, um pequeno vilarejo fundamental para a estratégia de avanço pelo sul da Ucrânia, foi comemorada pelo próprio presidente Volodymyr Zelensky.
A contraofensiva tem sido, em grande parte, uma lição brutal para as tropas ucranianas, que têm se esforçado para retomar o território na região sul de Zaporíjia. Em dois meses, os soldados de Kiev avançaram menos de 16 km na região.
Em fuga: Estimativas indicam que até 4 milhões de russos deixaram o país pela guerra
Vitórias como a de Staromaiorske representam um possível avanço nos combates, disseram as autoridades ucranianas, talvez abrindo caminho para uma investida mais ampla das forças do país.
A Ucrânia está concentrada em duas investidas principais em direção ao sul, com o objetivo de cortar as rotas de reabastecimento da Rússia. Uma linha de ataque passa por Staromaiorske em direção à cidade de Berdiansk, no Mar de Azov, e outra, mais a oeste, em direção à cidade de Melitopol. Ambas as cidades comandam rotas de trânsito estratégicas para as forças russas que ocupam o sul da Ucrânia e a Crimeia.
Há semanas, a artilharia ucraniana e os mísseis de longo alcance vêm atacando as linhas de suprimento e as bases da retaguarda russas, em um esforço para romper sua capacidade operacional e minar a moral da Rússia. Foguetes disparados de um lançador móvel HIMARS, de fabricação americana, surpreendem os motoristas nas estradas rurais próximas à linha de frente, enquanto as unidades ucranianas atacam alvos bem atrás das linhas russas.
Veja: Rússia ataca outro terminal de grãos, intensificando campanha contra portos da Ucrânia
Enquanto as forças ucranianas utilizam armas fornecidas pelo Ocidente, as tropas russas estão usando novas táticas e armas mortais próprias, incluindo drones de ataque e minas detonadas remotamente.
Em Staromaiorske, os soldados russos cavaram bunkers embaixo das casas do vilarejo com várias saídas para que uma casa explodisse como um formigueiro quando atacada, disse Dikyi.
O segredo do sucesso ucraniano no vilarejo, segundo ele, foi o desgaste da vontade de lutar dos soldados russos. O primeiro sinal do colapso foi quando 20 soldados abandonaram sua posição após reclamarem que os reforços não haviam chegado, disse ele.
Mais lidas
-
1LUTA PELA POSSE
Pequenos agricultores de Palmeira dos Índios se mobilizam para não perder suas terras
-
2ECONOMIA
Brasil deve aproveitar presidência do BRICS para avançar na desdolarização, apontam especialistas
-
3DEFINIDO
Decreto decide feriados e pontos facultativos para 2025 em Palmeira dos Índios
-
4ARAPIRACA
Garota de programa é vítima de agressão por cliente e encontrada ferida em Arapiraca
-
5NAS REDES SOCIAIS
Juíza emérita Sônia Beltrão critica subserviência de Luisa Duarte ao ex-"imperador"