Internacional
'Que vença a democracia', diz Lula sobre eleição na Argentina
Para presidente, candidato vencedor deve se preocupar com inclusão social

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse esperar que a democracia prevaleça na Argentina, ao responder a uma pergunta sobre eleições no país vizinho, durante uma conversa, nesta quarta-feira, com jornalistas estrangeiros. Lula evitou falar em nomes, mas defendeu que o vencedor deve ser alguém preocupado com inclusão social, e não em "privatizar empresas públicas".
— Eu fico pedindo a Deus para que a democracia prevaleça na Argentina. Que vença a democracia. Que vença o candidato que tem mais perspectiva de falar de inclusão social, de falar de desenvolvimento, e não um candidato que acha que tudo que é investimento em política pública é gasto, um candidato que pensa que resolver o problema da Argentina é privatizar empresas públicas. Eu, sinceramente, fico torcendo para isso. A Argentina é um parceiro privilegiado do Brasil — afirmou Lula.
As eleições presidenciais na Argentina acontecerão em 22 de outubro. Hoje, a disputa se concentra no ministro da Economia, Sergio Massa, e o candidato da extrema direita, Javier Milei. Massa conta com o apoio de Lula.
— Sobre a eleição, eu prefiro me silenciar. Eu penso o seguinte: o Brasil é um país que não quer crescer sozinho. Queremos crescer com nossos vizinhos crescendo conosco.
Lula voltou a criticar o Fundo Monetário Internacional (FMI). Disse que a instituição não levou em conta a grave seca na Argentina, que causou a queda de 25% da produção agrícola.
— O FMI deveria ter um pouco de paciência, saber a situação da seca na Argentina. A Argentina deixou de vender alguns bilhões de dólares. E o FMI poderia levar em conta e não ficar com a espada em cima da cabeça do presidente da Argentina.
A grave situação econômica da Argentina, afirmou Lula, foi contraída "pelo governo anterior" ao de Alberto Fernández, amigo pessoal e aliado do presidente brasileiro. O antecessor de Fernández foi Maurício Macri, que mantinha uma boa relação com o ex-presidente Jair Bolsonaro.
— Eu às vezes fico preocupado de saber como é que um país tão importante como a Argentina, um país que já foi a quinta economia do mundo, chega na situação econômica na qual está hoje. Tudo isso muito em função de uma dívida contraída por um outro governo e que ficou para o atual governo pagar. Sinceramente, tudo que eu podia fazer de esforço, de contato, de telefonema, de reunião para tentar ajudar a Argentina, eu fiz.
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