Internacional
Guarda Costeira confirma dois mortos e 57 sobreviventes em naufrágios no Mediterrâneo, diz agência
De acordo com a Ansa, há mais de 30 desaparecidos entre os imigrantes que viajavam em duas embarcações que teriam saído da Tunísia, na quinta-feira
Mais de 30 imigrantes estão desaparecidos após os naufrágios de duas embarcações na costa da ilha italiana de Lampedusa, informou, neste domingo, a Organização Internacional para as Migrações (OIM). Segundo a agência de notícias Ansa, foram encontrados dois corpos e 57 sobreviventes foram resgatados pela Guarda Costeira italiana, em mais uma tragédia envolvendo refugiados vindos principalmente da África e do Oriente Médio em direção à Europa.
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De acordo com o relato de sobreviventes, Vinte e oito passageiros de um dos barcos e três do outro desapareceram no mar, depois que as embarcações naufragaram em meio a más condições meteorológicas, afirmou a agência da ONU.
As primeiras informações indicam que os barcos provavelmente iniciaram a viagem na cidade de Sfax, na Tunísia, na quinta-feira.
— Acreditamos que mais de 30 pessoas estão desaparecidas — confirmou Flavio di Giacomo, porta-voz da OIM.
Uma investigação foi iniciada para determinar as circunstâncias da tragédia em Agrigento, ilha vizinha, na região italiana da Sicília.
— Os traficantes de pessoas deveriam saber que as previsões meteorológicas indicavam mar agitado — afirmou o chefe de polícia de Agrigento, Emanuele Ricifari.
Em fevereiro, houve comoção internacional após a morte de dezenas de pessoas, incluindo um bebê, no naufrágio de um barco com imigrantes próximo à cidade italiana de Crotone, na Calábria. Segundo os socorristas, o barco transportava cerca de 120 imigrantes do Irã, Paquistão e Afeganistão e colidiu com algumas pedras a poucos metros da costa.
O desastre ganhou maior repercussão por ter ocorrido poucos dias após o governo de extrema direita italiano, da primeira-ministra, Giorgia Meloni, aprovar uma polêmica regulamentação de resgate de imigrantes no mar. A nova lei obriga os navios humanitários a realizar apenas um resgate por viagem, o que, segundo críticos, aumenta o risco de mortes no Mediterrâneo central — considerada a rota mais perigosa do mundo para imigrantes.
Meloni chegou ao poder em outubro do ano passado com uma plataforma de ultradireita centrada, principalmente, no combate à imigração.
Em junho, outra tragédia voltou os olhos do mundo para a crise humanitária na região. Mais de 70 pessoas morreram quando uma embarcação afundou nas proximidades da Península do Peloponeso, sul da Grécia. Após uma ampla operação de resgate, dificultada por fortes ventos, mais de 100 pessoas foram resgatadas com vida. (Com AFP)
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