Internacional
Navios da Rússia e China navegam perto de ilhas japoneses antes de cúpula de EUA, Japão e Coreia do Sul
Seis navios chineses e cinco russos passaram entre as ilhas japonesas de Okinawa e de Miyako, na primeira vez em que embarcações dos dois países navegaram juntos nessa rota marítima
Navios de guerra da China e da Rússia navegaram perto das ilhas do sul do Japão na quinta-feira, um dia antes de os líderes japonês e sul-coreano se reunirem nos EUA com o presidente Joe Biden para discutir as crescentes tensões na região do Indo-Pacífico em uma cúpula inédita, numa clara sinalização de unidade à China e também à Coreia do Norte.
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Seis navios chineses e cinco russos, incluindo contratorpedeiros nas duas frotas, navegaram entre as ilhas japonesas de Okinawa e de Miyako antes de prosseguirem em direção ao Mar da China Oriental, de acordo com o Ministério de Defesa do Japão, na primeira vez em que embarcações dos dois países navegaram juntos nessa rota marítima. Elas não invadiram as águas territorias japonesas.
Os 11 navios foram avistados pela primeira vez na terça-feira de manhã, a 280 km a nordeste da ilha japonesa de Okinotori, segundo um comunicado do Ministério da Defesa japonês, pontuando acreditar que participaram de uma patrulha conjunta no Pacífico.
A maioria já havia sido previamente vista navegando pelo Estreito de Soya, entre Hokkaido e Sakhalin para o Mar de Okhotsk, depois de participar de manobras conjuntas no Mar do Japão em julho, acrescentou a nota.
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O Ministério da Defesa da Rússia confirmou a patrulha conjunta em comunicado divulgado nesta sexta-feira em sua conta oficial no Telegram: “Um destacamento de navios da Marinha russa e da Marinha do Exército de Libertação do Povo chinês está operando nas águas do Mar da China Oriental”, afirmou na nota.
Em um vídeo transmitido pela agência de notícias estatal russa TASS, é possível ver nove navios em uma formação de diamante navegando em paralelo.
“Os marinheiros de ambos os países praticaram exercícios antissubmarinos, repeliram um ataque aéreo inimigo simulado, realizaram treinamento de resgate marítimo e aprimoraram as técnicas de decolagem e pouso de helicópteros nos conveses dos navios de guerra”, disse a nota do ministério russo, acrescentando que as tropas também realizaram manobras "para reabastecer as reservas de combustível dos navios e transferir cargas em andamento".
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O Ministério de Defesa do Japão disse que a China e a Rússia repetidamente conduziram exercícios navais e aéreos conjuntos perto do país em anos recentes, afirmando que "claramente têm a intenção de ser uma mostra de força contra o Japão" e produzem "grave preocupação" para a segurança nacional.
Moscou e Pequim se aproximaram nos últimos anos enquanto os laços da Rússia com os países ocidentais desmoronaram devido ao conflito na Ucrânia.
Na segunda-feira, um porta-voz do Ministério da Defesa chinês disse que as frotas navais dos dois países realizavam patrulhas conjuntas no norte e no oeste do Oceano Pacífico.
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— Essas ações não são dirigidas a terceiros e não estão relacionadas à atual situação internacional e regional — afirmou.
O ministro da Defesa chinês, Li Shangfu, participou de uma conferência internacional de segurança em Moscou nesta semana, em que pediu maior cooperação militar.
Ambas as potências aumentaram os exercícios conjuntos nos últimos meses e, em julho, realizaram patrulhas aéreas nos mares do Japão e do leste da China. Essas ações causam preocupação na região. Durante os exercícios de julho, a Coreia do Sul destacou caças a jato por precaução.
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