Internacional
Padres e funcionários tentam acessar sites pornográficos em computadores de igreja na Alemanha
Caso aconteceu na Arquidiocese de Colônia, a maior do país, com mais de 2 milhões de membros; registros foram possíveis porque máquinas passavam por teste de segurança
Padres e funcionários da Arquidiocese de Colônia, na Alemanha, tentaram acessar conteúdos pornográficos dos computadores da igreja em que trabalham, informou a rede BBC citando o arcebispo Rainer Maria Woelki. Maior da Alemanha, a arquidiocese conta com mais de 2 milhões de membros.
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No momento das tentativas, as máquinas passavam por um teste de um mês em seus sistemas de segurança para verificar sua capacidade de bloquear sites estritamente proibidos (pornográficos, material sobre drogas e violência) — o que possibilitou o rastreio.
De acordo com a mídia alemã, foram realizadas cerca de mil tentativas por ao menos 15 pessoas, incluindo um membro sênior do clero. A maior parte das tentativas, afirmou o arcebispo à BBC, dizia respeito a sites de conteúdo adulto.
Em uma declaração concedida pela arquidiocese à BBC, o arcebispo Woelki disse que estava “desapontado com o fato”. Ele também acrescentou que uma investigação foi iniciada para que os responsáveis sejam punidos, pois era importante "que nem todos fossem colocados sob suspeita geral agora”.
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Ao mencionar os testes de segurança, a nota da arquidiocese disse que os sites proibidos “representavam risco”, sendo estritamente proibido acessar qualquer um deles nos computadores da arquidiocese. Também afirmou que o objetivo dos testes não era investigar o comportamento dos funcionários ou do clero.
“(Não houve) nenhuma avaliação do conteúdo específico por trás das URLs” e “nenhuma indicação de conduta criminalmente relevante”, escreveu a arquidiocese.
O vigário geral da cidade, Guido Assmann, disse à BBC que a comunidade estava “muito ciente” do problema, mas que estava “satisfeito com a eficácia dos sistemas de segurança”.
Um site sobre a Igreja Católica alemã informou que os promotores públicos investigavam separadamente um homem identificado entre os 15 sob suspeita de “conteúdo criminoso”.
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Sobre isso, a arquidiocese respondeu à BBC que cooperava “totalmente com as autoridades estaduais” e que a pessoa investigada “não está mais ativa” na organização.
Segundo a rede britânica, o caso vem à tona após uma série de escândalos que envolveram a arquidiocese. Um relatório de 2021 descobriu que havia mais de 200 abusadores e mais de 300 vítimas — a maioria, menores de 14 anos — entre 1975 e 2018, na comunidade.
Além disso, Woelki é acusado de perjúrio em uma investigação sobre abuso cometido por Winfried Pilz, um padre que dirigia uma instituição de caridade para crianças. Em 2019, a polícia invadiu a propriedade da arquidiocese para a investigação. Pilz morreu no mesmo ano.
Nesse caso, de acordo com a BBC, a arquidiocese disse que as acusações contra Woelki precisam ser provadas ou refutadas. No ano passado, Woelki pediu sua renúncia ao Papa, mas Roma ainda não tomou a decisão sobre aceitá-la ou não.
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