Internacional
Sucessor de candidato assassinado no Equador denuncia ameaças de morte na véspera das eleições presidenciais
Jornalista Christian Zurita recebeu mensagens do usuário 'Cartel Jalisco N, G' no TikTok
O jornalista Christian Zurita, que substituiu o candidato assassinado Fernando Villavicencio nas eleições presidenciais deste domingo no Equador, foi "ameaçado de morte" nas redes sociais, denunciou no sábado seu partido de centro, Construye.
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O usuário "Cartel Jalisco N, G" deixou um comentário em sua rede TikTok com a mensagem "Cristian treme", disse a organização em um comunicado divulgado por meio de um chat de imprensa do WhatsApp e descreveu isso como uma ameaça de morte.
“As ameaças contra minha vida e minha equipe não vão nos parar, mas nos obrigam a adotar protocolos de segurança maiores para evitar os duros acontecimentos que vivemos no dia 9 de agosto”, disse Zurita na rede social X, antigo Twitter.
Villavicencio, que apareceu em segundo lugar na intenção de voto antes de sua morte de acordo com uma pesquisa, foi morto a tiros por um assassino colombiano em 9 de agosto, quando saía de um comício no norte de Quito, e foi substituído por Zurita nas eleições.
O usuário "Cartel Jalisco N, G" não existe mais no TikTok.
“Este fato requer urgente e imediatamente a intervenção do Presidente da República [Guillermo Lasso] e da Procuradoria Geral do Estado para garantir a vida do candidato presidencial”, disse seu partido.
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Ele também pediu às missões internacionais de observação das eleições "que garantam a validade da democracia e a transparência deste processo eleitoral".
Pouco antes de ser assassinado, Villavicencio, ex-jornalista e ex-congressista da oposição ao ex-presidente socialista Rafael Correa (2007-2017), acusou o detido líder da quadrilha criminosa Los Choneros, aliada do cartel mexicano de Sinaloa, de ameaçá-lo de morte.
Ele também havia denunciado parlamentares, alguns deles correístas, perante o Ministério Público por supostamente estarem envolvidos em um plano para acabar com sua vida.
Familiares de Villavicencio entraram com uma ação contra o governo e chefes de polícia por "assassinato por omissão dolosa", argumentando que as instituições não garantiram a proteção de Villavicencio, segundo informou na sexta-feira o advogado dos familiares do ex-jornalista, Marco Yaulema.
A candidata Luisa González, ligada a Correa, lidera as pesquisas para as eleições deste domingo, para as quais estão convocados 13,4 milhões dos 18,3 milhões de equatorianos.
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