Internacional
Biden defenderá reforma do FMI e do Banco Mundial no G20, anunciam EUA
Ideia da Casa Branca vem a público no início da cúpula do grupo Brics, na África do Sul, cujo objectivo é ampliar esse bloco em busca de maior influência internacional
O presidente americano, Joe Biden, defenderá a reforma do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial (BM) para melhor ajudar os países em desenvolvimento, durante a cúpula do G20 em Nova Délhi, no próximo mês, disse a Casa Branca nesta terça-feira.
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A ideia vem a público no início da cúpula do grupo Brics, na África do Sul, cujo objectivo é ampliar esse bloco em busca de maior influência internacional. Formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, o Brics discute ampliar financiamento com moedas locais e concessão de empréstimos sob o Novo Banco de Desenvolvimento (NDB, também conhecido como Banco do Brics).
Em sua live semanal, nesta terça, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que o objetivo é "criar um banco muito forte, que seja maior do que o FMI", mas que tenha critérios diferentes de empréstimo de dinheiro.
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Segundo o conselheiro de Segurança Nacional americano, Jake Sullivan, Biden "vai realmente concentrar grande parte da sua energia na modernização dos bancos multilaterais de desenvolvimento, incluindo o Banco Mundial e o FMI".
— Se levarmos em conta a extensão (das necessidades de financiamento) e, para ser franco, dos empréstimos (...) que a China faz através das 'Novas Rotas da Seda', devemos trabalhar para que existam soluções com elevados padrões de qualidade e princípios" para os países em desenvolvimento — afirmou.
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Sullivan disse que as propostas americanas para ambas as instituições liberariam "cerca de US$ 50 bilhões (US$ 248 bilhões na cotação atual) em empréstimos para países de renda média e países pobres, procedentes apenas Estados Unidos".
A expectativa, acrescentou ele, é "que nossos parceiros e aliados também contribuam", o que levaria o montante financeiro disponível para US$ 200 bilhões (R$ 992 bilhões).
Segundo ele, ambos os organismos, controlados pelos Estados Unidos e pela Europa, são "uma alternativa positiva ao método opaco" da China para financiar projetos de desenvolvimento.
Sullivan ressaltou que a ideia de fortalecer o FMI e o Banco Mundial não é dirigida "contra a China". Ele também subestimou a possibilidade de os Brics rivalizarem com Washington.
— Não acreditamos que os Brics se tornarão uma espécie de rival geopolítico dos Estados Unidos — concluiu Sullivan.
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