Internacional
EUA negociam com Venezuela alívio das sanções em troca de eleições justas
Segundo fontes a par do assunto, as discussões preliminares envolvem autoridades seniores de ambos os países
O governo Biden está em negociações com a Venezuela para analisar um levantamento temporário das sanções contra o país em troca de permitir eleições justas no próximo ano.
As discussões preliminares envolvem autoridades seniores de ambas as nações, incluindo o chefe do Congresso da Venezuela, Jorge Rodríguez, de acordo com pessoas familiarizadas com o processo, que pediram para não serem identificadas.
Washington tem cogitado a ideia de aliviar as sanções para persuadir o regime do presidente Nicolás Maduro a realizar uma votação presidencial competitiva em 2024 e libertar os presos políticos. As sanções agravaram a crise econômica e humanitária da Venezuela ao impedir as vendas de petróleo, embora tenham falhado em seu objetivo original de destituir Maduro.
Se um acordo for alcançado, os EUA concederiam uma licença para suspender temporariamente algumas ou todas as sanções da Venezuela.
As conversações representam a primeira oportunidade significativa para aliviar as restrições, a maioria das quais foi colocada em prática pela administração de 2017-2021 durante a gestão de Donald Trump, que adotou uma abordagem de linha dura em relação ao governo socialista.
No poder desde 2013, a expectativa é que Maduro concorra a um terceiro mandato no próximo ano, mas a data para a eleição ainda não foi definidad e nem foram convidados observadores estrangeiros.
Não está claro quando um acordo poderá ser alcançado, se é que será alcançado, e vai defender muito das ações do regime de Maduro, de acordo com as fontes. O governo tomou uma série de medidas antidemocráticas, inclusive barrando candidatos da oposição, como María Corina Machado.
"Se a Venezuela tomar medidas concretas para restaurar a democracia, levando a eleições livres e justas, estamos preparados para conceder o alívio correspondente das sanções", disse Adrienne Watson, porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, em uma resposta por escrito a perguntas.
Qualquer acordo viria em um momento crítico, já que a Venezuela deve anunciar em breve um novo conselho eleitoral para supervisionar a eleição.
Os assessores de imprensa da presidência da Venezuela e Jorge Rodríguez não responderam imediatamente a um pedido de comentário.
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