Internacional
Putin diz que líder do Grupo Wagner era 'talentoso empresário' com 'destino difícil'
Presidente russo quebra silêncio sobre Prigojin, em aparente reconhecimento de sua morte em queda de avião
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, pareceu confirmar nesta quinta-feira a morte de Yevgeny Prigojin na queda de seu jato privado na véspera, chamando o líder do Grupo Wagner de "um talentoso empresário" com "um destino difícil".
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— Ele era um homem com um destino difícil. Ele cometeu vários erros em sua vida — disse Putin durante uma reunião no Kremlin, abordando o assunto pela primeira vez e oferecendo condolência às famílias dos outros nove mortos. — Ele alcançou os resultados necessários tanto para si mesmo e para um esforço conjunto que lhe pedi durante os últimos meses. São pessoas que deram uma contribuição substancial para os nossos esforços conjuntos de luta contra o regime neonazista na Ucrânia. Nós nos lembramos disso, sabemos disso e não esqueceremos.
Putin também afirmou que Prigojin havia retornado da Rússia a partir da África na quarta-feira e que se encontrou com "algumas autoridades", sem especificar quem. O presidente russo também pontuou que conhecia Prigojin desde o início dos anos 1990.
— Ele era um talentoso empresário — disse, prometendo uma investigação completa sobre o incidente. — Veremos o que os investigadores dirão num futuro próximo. A perícia está em curso, uma perícia técnica e genética. Isso levará algum tempo.
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O líder do Grupo Wagner foi dado como morto após a queda de um avião na quarta-feira, segundo autoridades da Agência Federal de Transporte Aéreo. Com mais nove pessoas a bordo, a aeronave de fabricação brasileira, Embraer Legacy, caiu na região de Tver, ao norte de Moscou.
O incidente alimentou especulações de assassinato do homem que se tornou inimigo do Kremlin após uma tentativa de motim fracassado, em junho. Prigojin foi chamado de "traidor" pelo presidente russo durante a rebelião.
A ascensão de Prigojin na política russa se deu justamente através de Putin. Ele aproveitou a desintegração turbulenta da União Soviética para migrar para a gastronomia de alto nível para a nova elite russa — nela estava o atual líder russo, que começava a subir no governo de São Petersburgo. O político e ex-agente da KGB tornou-se um de seus principais apoiadores.
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Segundo o New York Times, ao longo das décadas, Prigojin garantiu milhões em contratos estatais e controlou uma extensa carta de empresas, principalmente em São Petersburgo, a segunda maior cidade da Rússia e cidade em que nasceu. Suas empresas administram hotéis, restaurantes, centros de negócios e uma mercearia gourmet na principal avenida de São Petersburgo.
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