Relatórios preliminares de Inteligência dos EUA e de outros países ocidentais apontam que uma explosão pode ter sido a causa da queda da aeronave em que supostamente estava o chefe do grupo Wagner, Yevgeny Prigojin, matando outros nove passageiros a bordo na quarta-feira.

Ainda não há uma conclusão definitiva sobre o que provocou o incidente no movimentado corredor aéreo entre Moscou e São Petersburgo, mas uma explosão é a principal teoria das autoridades ocidentais. A explosão pode ter sido causada por uma bomba ou outro dispositivo explosivo colocado dentro da aeronave, mas também há outras teorias, como combustível adulterado.

A Inteligência americana ainda não confirmou a morte de Prigojin, embora várias autoridades tenham dito que é muito provável que ele tenha morrido no incidente. Os EUA também não detectaram via satélite o lançamento de nenhum míssil ou armamento que possa ter derrubado o avião.

O grupo paramilitar Wagner, fundado pelo Prigojin, também não confirmou oficialmente sua morte.

Autoridades americanas e europeias, que falaram sob condição de anonimato ao New York Times, disseram acreditar que o presidente russo Vladimir Putin ordenou a destruição do avião numa tentativa de matar Prigojin.

O motim de Prigojin em junho contra a cúpula militar do Kremlin foi um dos maiores desafios ao governo de Putin em décadas. Durante a breve rebelião, as forças de Wagner tomaram Roscov, uma importante cidade do sul e próxima à fronteira com a Ucrânia, e um comboio armado de mercenários de Prigojin marchou em direção a Moscou, enfraquecendo a imagem do líder russo.

Autoridades militares e de inteligência previram a retaliação de Putin, mesmo quando expressaram sua perplexidade com o fato de Prigojin parecer se movimentar livremente. O líder mercenário apareceu em uma reunião de cúpula da qual Putin participou, viajou de um lado para o outro da Bielorrússia e gravou um vídeo de recrutamento.