Internacional
Coreia do Norte dispara mísseis de 'simulação de ataque nuclear tático' no Mar do Japão
Exercício militar ocorreu em resposta às manobras dos Estados Unidos e da Coreia do Sul
A Coreia do Norte confirmou nesta quarta-feira (quinta-feira no horário local) que disparou dois mísseis balísticos de curto alcance e que se tratou de uma "simulação de ataque nuclear tático" em resposta às manobras dos Estados Unidos e da Coreia do Sul, informou a agência estatal norte-coreana KCNA.
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Os mísseis foram disparados pouco antes da meia-noite de quarta na direção do Mar do Japão, segundo os militares sul-coreanos.
"Ao mesmo tempo em que reforçamos o controle e a vigilância contra novas provocações, nosso Exército mantém uma postura de plena disponibilidade, em estreita colaboração com os Estados Unidos", declarou o Estado-Maior Conjunto da Coreia do Sul em mensagem de texto à imprensa.
Ao saber da notícia dos disparos, em Washington, o porta-voz de Segurança Nacional dos EUA, John Kirby, recusou-se a fazer comentários aos jornalistas.
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Os exercícios militares realizados pela Coreia do Sul e os EUA envolvem pelo menos um bombardeiro estratégico americano B-1B, que sobrevoou a Península Coreana na primeira hora desta quarta-feira, segundo a agência Yonhap.
Estados Unidos, Coreia do Sul e Japão também realizaram um exercício naval de defesa antimísseis na última terça-feira, enfurecendo Pyongyang. Washington, Seul e Tóquio têm fortalecido nos últimos meses sua cooperação na área da defesa, em resposta ao aumento das provocações da Coreia do Norte com mísseis.
Na semana passada, Pyongyang alertou que as manobras militares dos EUA e a vizinha do Sul podem desencadear uma "guerra termonuclear".
As duas Coreias vivem um dos momentos de maior tensão dos últimos anos. Em 2022, Pyongyang declarou que seu status de potência nuclear é "irreversível", fechando as portas para uma eventual negociação sobre desarmamento.
No início deste ano, o líder norte-coreano ordenou que exercícios militares fossem intensificados para preparar o país para uma "guerra real", logo após a Coreia do Sul e os Estados Unidos estreitarem as relações. Desde então, inúmeros testes militares têm sido conduzidos em tempo recorde no país.
O líder norte-coreano também defendeu recentemente o aumento da produção nuclear com fins militares, afirmando que a Coreia do Norte está pronta para usar armas nucleares, "a qualquer momento e em qualquer lugar".
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