Internacional
Líder de grupo de extrema direita Proud Boys é sentenciado a 17 anos por ataque ao Capitólio
Esta é a segunda sentença mais longa definida pela Justiça dos EUA para este caso
Um dos líderes do grupo de extrema direita americano Proud Boys foi sentenciado nesta quinta-feira a 17 anos de prisão pela sua participação no ataque ao Capitólio, sede do Congresso dos Estados Unidos, em 6 de janeiro de 2021. Joseph Biggs, um veterano do Iraque e Afeganistão, levou cerca de 200 membros da milícia ao local para tentar derrubar à força a certificação de vitória do democrata Joe Biden sobre o então presidente republicano, e grande influenciador dos atos, Donald Trump.
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— Aquele dia quebrou a nossa tradição de transferência pacífica de poder — disse o juiz distrital dos EUA, Timothy J. Kelly, ao anunciar a sentença, muito menor do que a pedida originalmente pelos promotores federais, de 33 anos.
Biggs, 39 anos, foi condenado por conspiração sediciosa, além de obstruir o Congresso e outros crimes, em maio deste ano, juntamente com outros três membros da milícia, incluindo o ex-líder Henry "Enrique" Tarrio.
Esta é a segunda sentença mais longa definida pela Justiça dos EUA para este caso. A maior, até o momento, foi a de Stewart Rhodes, fundador da milícia de extrema direita Oath Keepers, sentenciado a 18 anos de prisão.
Segundo a imprensa americana, Biggs fez uma declaração "chorosa" ao juiz, alegando que ele não era um líder do Proud Boys, mas um dos "seduzidos" pela ideia do grupo.
— Eu sei que errei naquele dia, mas não sou um terrorista — disse Biggs. — Eu fui seduzido pela multidão e segui. Minha curiosidade levou a melhor sobre mim e terei que conviver com isso pelo resto da minha vida.
Além de Biggs, Zachary Rehl, outro membro do grupo condenado em maior, será sentenciado nesta quinta-feira. Os promotores federais pediram uma pena de 30 anos para Rehl.
Desde a Guerra Civil
Acusação que remonta aos esforços para proteger o governo federal contra rebeldes do Sul durante a Guerra Civil, a conspiração sediciosa tem sido usada ao longo dos anos contra uma ampla gama de réus — entre eles, milícias de extrema direita, sindicatos radicais e nacionalistas porto-riquenhos. O último processo de sedição bem-sucedido foi em 1995, quando um grupo de militantes islâmicos foi considerado culpado de conspirar para bombardear vários marcos da cidade de Nova York.
*Em atualização.
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