Brasil
De Porsche a cavalo, passando por bolsa da Chanel: a apreensão ostentação da PF
Bens de luxo foram recolhidos em operação contra esquema de empresas de fachada usada em lavagem de dinheiro em três estados

Um Porsche Cayenne avaliado em cerca de R$ 500 mil, um Jaguar, uma lancha e bolsas de grifes como Chanel, Hermès, Dior e Valentino. Os artigos de luxo foram apreendidos em uma operação de combate a fraudes empresariais, deflagrada nesta quinta-feira (17) pela Polícia Federal em conjunto com a Receita Federal, que cumpriu 17 mandados no Espírito Santo, no Rio de Janeiro e em Minas Gerais. Os mandados foram expedidos pela Justiça Federal em Vitória.
A Operação Alapar também apreendeu um cavalo, além de um fuzil, dois revólveres, uma pistola e muitas munições, além de bloquear valores no montante de R$ 25,5 milhões.
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O objetivo da operação foi desmontar um esquema de envio irregular de dinheiro para o exterior que envolve sonegação, lavagem de dinheiro, empréstimos fraudulentos, irregularidades em contratos públicos com dispensa de licitação e criação de empresas de fachada em nome de laranjas.
A Alapar é um desdobramento das operações Masqué, de 2019, e Arcano, de 2021, em que foram identificadas empresas de fachada usadas nas remessas ilegais de valores ao exterior.
A operação contou com a participação de 70 policiais federais, oito auditores fiscais e analistas tributários da Receita Federal, e apoio da Polícia Militar e da Marinha do Brasil.
Segundo a PF, mesmo depois das primeiras duas primeiras operações e da condenação de alguns envolvidos em primeira instância, o esquema continuou, com novas empresas de fachada, usadas a partir daí não só para a evasão de divisas, mas para outros crimes
Algumas das empresas de fachada eram usadas para obtenção de linhas de créditos, com o pagamento de propina a gerentes de agências bancárias. As empresas também teriam servido para direcionamento e corrupção em contratações públicas.
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