Internacional
Guaxinins crescem de maneira desordenada e trazem problemas
Espécie invasora chegou ao país nos anos de 1980; ela destrói jardins urbanos, invade residências em busca de comida e transmite doenças, além de impactar a flora e fauna locais
A aparência simpática, composta por manchas escuras ao redor dos olhos e a cauda anelada, engana. Os guaxinins, que chegaram à Bélgica nos anos 1980, já somam atualmente dezenas de milhares de indivíduos na região — número que cresce juntamente com problemas.
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A espécie de mamíferos onívoros pode ser uma dor de cabeça para os belgas, já que destrói jardins urbanos e, muitas vezes, invade residências em busca de comida, além de transmitir doenças.
O jovem caçador Simon Taviet, de 18 anos, da cidade de Ciney, monta diariamente uma armadilha contra os pequenos invasores. Ele chegou a ser mordido no dedo por um desses animais, que atacou o seu cachorro durante uma caçada.
— Limitamos sua presença por causa das doenças que podem transmitir e dos danos que podem causar às plantações — explicou Taviet à AFP.
Apesar de terem chegado ao país somente na década de 80, especialistas dizem que boa parte da população de guaxinins vem da vizinha Alemanha, que passou a introduzir a espécie nos anos 1930 para a produção de tecido. Desde então, eles se multiplicaram e, agora, nem os guardas florestais conseguem mais dar conta da demanda.
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— Desde 2005, vimos um aumento nas pegadas ao longo dos canais de água, e tornou-se mais comum ver guaxinins vítimas de atropelamentos nas rodovias, um indicador de que a população está crescendo — observou a bióloga Vinciane Schockert à AFP.
A preocupação não é apenas com a perturbação da ordem dos humanos. Espécie invasora, os guaxinins podem ter impactos diretos nas espécies de fauna e flora locais. O estudo de Schockert, por exemplo, quer medir os efeitos dos guaxinins sobre espécies sensíveis, como as aves que fazem ninhos em árvores à beira de rios.
Devido ao crescimento desordenado, as autoridades belgas passaram a estudar planos de ação. A ministra do Meio Ambiente de Valônia, Célie Tellier, explicou que a iniciativa busca sensibilizar a população por meio de ações simples, como trancar bem suas casas à noite e evitar alimentar a espécie.
— É um animal que tem uma cara simpática. Mas as espécies exóticas invasoras são uma das cinco principais causas de degradação da biodiversidade em escala mundial — destacou a ministra durante uma entrevista à AFP na cidade de Namur.
As medidas, portanto, seriam para aprender a conviver com os animais, já que estão espalhados pela região, "mas, ao mesmo tempo, (para) aprender a controlá-la nos locais onde ocorrem mais problemas e evitar sua propagação”, disse Tellier à AFP.
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