Internacional
EUA incluem controversas munições de urânio empobrecido em novo pacote de US$ 1 bilhão à Ucrânia
Munições desse tipo despertam controvérsias devido aos supostos riscos tóxicos para militares e a população civil
Os Estados Unidos vão fornecer à Ucrânia, pela primeira vez, munições para tanques com urânio empobrecido como parte de um pacote de ajuda de US$ 175 milhões (R$ 870 milhões, na cotação atual) incluído em uma nova assistência de segurança de US$ 1 bilhão anunciada pelo secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, durante viagem nesta quarta-feira a Kiev.
O pacote inclui um número inespecífico de projéteis de 120 mm com urânio empobrecido para os M1 Abrams americanos, disse o Departamento de Defesa em um comunicado, referindo-se aos tanques que Washington prometeu fornecer a Kiev.
Como o urânio é um metal extremamente denso, não se deforma em contato com o alvo e, por isso, é usado em projéteis e bombas por sua capacidade de penetração. As munições desse tipo despertam controvérsias devido aos supostos riscos tóxicos para militares e a população civil. Segundo seus críticos, a ingestão ou inalação de poeira de urânio pode causar danos como câncer e defeitos de nascença.
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Há alguns meses, o Reino Unido já tinha anunciado a intenção de fornecer munições com urânio empobrecido à Ucrânia, algo criticado por Moscou.
O anúncio americano se segue a uma decisão anterior do governo de Joe Biden de fornecer bombas de fragmentação para a Ucrânia apesar de preocupações sobre os riscos que representam para as populações civis.
Essas bombas são armas que, quando disparadas, se abrem e dispersam centenas de munições menores. Essas subbombas explodem ao entrar em contacto com qualquer alvo, mas, quando não detonam no impacto, tornam-se numa espécie de minas que são um risco para os civis mesmo depois de terminados os conflitos.
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Os Estados Unidos, que lideram uma coalizão internacional em apoio à Ucrânia, já prometeram mais de US$ 43 bilhões (aproximadamente R$ 214 bilhões, na cotação atual) em ajuda a Kiev desde que o conflito começou, em fevereiro de 2022.
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