Quatro membros de uma equipe de resgate grega que trabalhavam buscando sobreviventes das inundações na Líbia morreram em um acidente neste domingo. O "horrível" acidente também deixou 15 feridos, incluindo sete em estado crítico, disse o ministro da Saúde do governo do leste do país, Othman Abduljaleel, em entrevista coletiva televisionada. Segundo Abdeljalil, a equipe viajava de Benghazi para Derna.

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Oito pessoas que viajavam com a equipe estão em situação estável. O acidente ocorreu quando o veículo dos socorristas colidiu com um carro que levava uma família líbia. Três pessoas que estavam no carro morreram e duas ficaram gravemente feridas.

Uma semana depois das inundações, as equipes de resgate locais, apoiadas por equipes estrangeiras, continuam as buscas pelos corpos. A supertempestade Daniel atravessou o Mediterrâneo e, concentrada na forma de tornado, atingiu a região nordeste do país. O volume de chuva sem precedentes fez com que duas barragens na cidade de Derna ruíssem, provocando uma inundação que arrasou dezenas de edifícios com muitos dos seus habitantes no seu interior.

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O trabalho das equipes é dificultado pela divisão de poder. O país tem um governo internacionalmente reconhecido, com sede na capital Trípoli, e outro liderado pelo marechal Khalifa Haftar, baseado em Tobruk, no leste do país, região que inclui Derna. Segundo o último relatório do governo liderado por Haftar o desastre deixou 3.283 mortos, após a descoberta de 31 corpos no domingo.

O Crescente Vermelho Líbio negou neste domingo um relatório divulgado pelo Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA) de que há 11.300 mortos:

— Estamos surpresos ao ver nosso nome envolvido nesses números. Eles aumentam a confusão e o desespero das famílias dos desaparecidos — disse à AFP o porta-voz do Crescente Vermelho Líbio, Tawfik Shoukri, de Benghazi.

Apesar das dificuldades, a mobilização internacional continua e os aviões com ajuda continuam a aterrar no aeroporto de Benghazi, a principal cidade do leste. Já existem no terreno brigadas de França, Irão, Rússia, Arábia Saudita, Tunísia e Emirados Árabes Unidos.