Internacional
Forças israelenses matam dois palestinos em incursão na Cisjordânia
Hamas identificou uma das vítimas como um de seus combatentes; Exército israelense confirmou que fez atividades 'antiterroristas'
As forças israelenses mataram dois palestinos, em um ataque neste domingo na cidade de Tulkarem, na Cisjordânia ocupada, em um contexto de aumento dos surtos de violência no conflito entre ambas as partes. Segundo o ministério palestino da Saúde, os mortos foram identificados como Osaid Abu Ali, de 22 anos, e Abd al Rahman Abu Daghash, de 32. Em um comunicado, o movimento islâmico Hamas disse que o "mártir Osaid Abu Ali" era um de seus combatentes.
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O Exército israelense confirmou que fez atividades "antiterroristas" e que um soldado foi "moderadamente ferido por fragmentos de balas" em confrontos no acampamento de refugiados de Nur Shams, perto de Tulkarem.
Segundo o Exército, suas tropas desmantelaram "um centro de comando operacional" dentro de um prédio do campo e também descobriram um grande número de artefatos explosivos.
"Durante a atividade, os suspeitos abriram fogo e lançaram dispositivos explosivos contra as forças, que responderam com disparos", acrescentou a nota.
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Ibrahim al-Nimer, residente do acampamento e representante do Clube dos Prisioneiros Palestinos, uma associação de defende dos direitos dos palestinos detidos por Israel, disse que "ambos eram civis".
— O Exército entrou no acampamento depois das 2 da manhãe demoliu as ruas e algumas casas do acampamento — contou.
Vários veículos militares entraram no acampamento durante a noite, contou Omar Sabhan, que também mora no local.
— Dava medo. Havia franco-atiradores e disparavam contra tudo o que se movimentasse — disse ele, afirmando que "todos estão com resistência" aos grupos armados.
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Em outro incidente durante a noite, o Exército prendeu "oito suspeitos procurados" na Universidade Birzeit, na Cisjordânia, alegando que o grupo "planejava realizar um ataque terrorista".
Na tarde deste domingo, vários palestinos compareceram aos funerais das duas vítimas da operação israelense. Um jornalista da AFP que pôde ir ao local poucas horas depois viu o teto de um edifício e muros desabados.
Israel ocupa a Cisjordânia desde a Guerra dos Seis Dias em 1967. Excluindo a anexada Jerusalém Oriental, o território abriga, hoje, cerca de 490 mil israelenses que vivem em assentamentos considerados ilegais, segundo o Direito Internacional.
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Os palestinos, que querem criar seu próprio Estado independente, exigem a retirada de Israel de todas as terras ocupadas durante a Guerra dos Seis Dias e o desmantelamento de todas as suas colônias. O governo de coalizão de extrema direita do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu favoreceu a expansão destas colônias.
Pelo menos 241 palestinos, 32 israelenses e duas pessoas de outras nacionalidades morreram desde o início do ano em atos de violência relacionados com esse conflito, segundo balanço da AFP baseado em fontes oficiais. Os números incluem, do lado palestino, combatentes e civis, e, do lado israelense, uma maioria de civis e três membros da minoria árabe.
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