Internacional
'A gente imaginou o pior', diz atleta brasileiro do tênis em cadeira de rodas que está no aeroporto de Tel Aviv, em meio a ataques
Três tenistas do Brasil que iam competir em torneio chegaram a Israel pouco antes do início da ofensiva do Hamas contra Israel
Três atletas brasileiros do tênis em cadeira de rodas viveram momentos de desespero no aeroporto internacional de Tel Aviv, neste sábado, durante os ataques do grupo palestino Hamas a Israel. Daniel Rodrigues, Ymanitu Silva e Leandro Pena chegaram à cidade na madrugada no horário local, para disputar o torneio Israel Open, que vale pontos para as Paralimpíadas de 2024. Poucas horas depois, tiveram que voltar às pressas para o aeroporto na tentativa de retornar ao Brasil.
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— A gente ficou desesperado. E a melhor solução naquele momento era trocar o voo para casa. A Confederação [Brasileira de Tênis] conseguiu comprar uma nova passagem para a gente no voo das 22h, só que passou um tempo eles cancelaram — contou o atleta.
Daniel lembra de ouvir o som de explosões durante o café da manhã no hotel, mas não imaginou que fossem ataques. Logo depois, eles receberam a mensagem da organização do torneio cancelando o evento. No aeroporto, os atletas viveram momentos de desespero, por volta de 21h em Tel Aviv [15h em Brasília], quando foi dado um alerta para que todos corressem para um abrigo subterrâneo do prédio, diante do risco iminente de um ataque com mísseis. Segundo Daniel, o local não tinha acesso para pessoas em cadeiras de rodas.
— Eles pediram para a gente correr, foi assustador. Mandaram descer como se fosse um porão do aeroporto, para se esconder. A gente ficou na porta, né. Porque todo mundo correu e são escadas para baixo — lembrou Daniel.
A CNN mostrou imagens de passageiros deitados na pista do aeroporto tentando se proteger. Segundo o repórter da rede Nic Robertson, era possível ouvir o som de mísseis sendo interceptados.
— E para mim foi assustador, e os meus amigos, porque a gente entendeu que eles [Hamas], tinham entrado no aeroporto, para atacar aqui com bomba, alguma coisa assim. Todo mudo começou a correr, querendo correr com as malas e o segurança gritando ‘sem mala, sem mala’, mandando correr. Naquele momento que a gente imaginou o pior, essa é a verdade. Naquele momento já imaginamos que uma coisa muito ruim estava para acontecer — disse o atleta.
Os atletas agora aguardam em uma longa fila na tentativa de embarcar em um voo para a Turquia, no caminho de volta ao Brasil.
— Vamos passar [a noite no aeroporto], isso com certeza. Eles falam que o aeroporto é o lugar mais seguro até o momento, que depois dessa tentativa de ataque ao aeroporto eles reforçaram muito a segurança.
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