Internacional
Veja as primeiras imagens de brasileiros que aguardam resgate em escola em Gaza: 'Aqui a gente pode morrer', diz menino de 11 anos
Outras 15 pessoas que aguardam pelo resgate preferiram permanecer em suas casas
Treze brasileiros estão alojados em uma escola católica situada na Faixa de Gaza, enquanto aguardam o retorno para o Brasil. Nesta quinta-feira, foram divulgadas as primeiras imagens do grupo no local.
O Escritório de Representação do Brasil em Ramallah, na Cisjordânia, informou nesta quarta-feira que vai avisar ao governo de Israel sobre a presença dessas pessoas, para que a unidade de ensino não seja bombardeada. As forças israelenses iniciaram uma contraofensiva após ter sofrido um ataque de terroristas do Hamas, no último sábado.
Nas imagens, enviadas ao EXTRA, crianças brincam com um piano e jogam bola no espaço. Bader Monir Bader, de 11 anos, afirma estar feliz por estar abrigada na escola, onde, segundo ele, se sente seguro no momento.
— Nessa escola, eu senti muita segurança porque aqui (na escola) a gente não pode morrer. O chão é limpo, tudo é limpo. Cada um tem uma casa sozinha aqui. Essa escola é muito melhor para mim do que ficar de casa — destaca o garoto, que apela por resgate. — Eu queria sair fora de Gaza para ficar em mais segurança porque aqui (em Gaza) a gente pode morrer. Lá no Brasil, a gente vai estar com mais segurança.
Nos vídeos, Bader e seus responsáveis mostram as instalações da escola, que dispõe de salas de aula em volta de um grande pátio, ao centro.
Ao todo, 28 brasileiros residentes na Faixa de Gaza aguardam uma operação para serem retirados da área conflagrada e retornar ao Brasil, entre eles 15 crianças. O grupo inicialmente era formado por 30 pessoas, mas duas desistiram de serem resgatadas.
"A fim de reuni-los e protegê-los, estamos hospedando 13 integrantes do grupo de brasileiros em uma escola católica: Sister Rosary School. Os restantes 15 preferiram aguardar em suas casas. Informaremos Israel deste fato, a fim que que o local não seja bombardeado", afirmou o embaixador Alessandro Candeas, chefe do Escritório de Representação do Brasil em Ramallah.
A embaixada do Brasil na Palestina está oferecendo atendimento psicológico virtual à comunidade, para atenuar as consequências dos bombardeios constantes sobre a saúde mental dos brasileiros afetados, sobretudo as crianças. De acordo com o embaixador, o atendimento está sendo feito por psicóloga palestina contratada pelo posto.
Veja a lista abaixo dos 28 brasileiros que pretendem deixar a Faixa de Gaza e voltar ao Brasil:
6 mulheres adultas
1 idosa
6 homens adultos
15 crianças
A data de saída dos brasileiros segue incerta, mas o embaixador Alessandro Candeas, chefe do Escritório de Representação do Brasil em Ramallah, afirmou, na terça-feira, que a maior parte dos preparativos já foi feita.
— A logística está toda pronta. Estamos com dois ônibus alugados, com os pontos de encontro definidos. Tudo definido, apenas aguardando duas coisas: a autorização do Egito para cruzar a fronteira e que a própria fronteira esteja aberta. Ela foi bombardeada três vezes — disse Candeas ao GLOBO.
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