O Brasil foi convidado a participar, no Egito, de uma reunião de cúpula de líderes de diversos países, no próximo sábado, para discutir a crise no Oriente Médio causada pelo conflito entre Israel e o grupo palestino Hamas. Um dos principais focos das discussões será a situação da Faixa de Gaza, cuja fronteira com o Egito está fechada.

Não se sabe, ainda, quem representará o governo brasileiro, já que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez uma cirurgia no quadril há cerca de duas semanas e segue em recuperação.

Segundo interlocutores do governo brasileiro, o Egito tem sido fortemente pressionado a abrir sua fronteira com a Faixa de Gaza, para permitir a saída de estrangeiros que estão na zona de conflito. Por isso, o presidente do país, Abdul Fatah Khalil Al-Sisi, decidiu realizar o evento.

Além do Brasil, que preside o Conselho de Segurança das Nações Unidas, o Egito convidou para a cúpula os cinco membros permanentes do órgão — dos quais dependem todas as decisões tomadas, devido ao seu poder de veto: Estados Unidos, Reino Unido, França, China e Rússia.

Também foram chamados Alemanha, Espanha (na qualidade de presidente de União Europeia), Turquia, Bahrein, Kuwait, Omã, Catar, Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos.

O convite do Egito chegou nesta quarta-feira ao Itamaraty. O evento foi organizado às pressas.

Na ausência de Lula, os nomes mais cotados para representar o Brasil são do chanceler Mauro Vieira e do assessor para assuntos internacionais do Palácio do Planalto, Celso Amorim.