Internacional
Vídeo em que líder da oposição 'prevê' falha de segurança em Israel viraliza; entenda
Duas semanas antes do ataque realizado pelo grupo terrorista Hamas, Yair Lapid disse que os cidadãos israelenses estavam 'perto de um conflito violento'
Duas semanas antes do ataque realizado pelo grupo terrorista Hamas a Israel, o líder da oposição isralense, Yair Lapid, disse que os cidadãos israelenses estavam “perto de um conflito violento”. A gravação de Lapid, que é ex-primeiro-ministro e desafeto de Binyamin Netanyahu, não recebeu atenção em um primeiro momento, mas viralizou nos últimos dias por seu caráter “premonitório”.
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— Cabe a mim alertar os cidadãos israelenses de que estamos perigosamente perto de um conflito violento em várias frentes — disse ele, que, como ex-premiê, está a par dos briefings de segurança confidenciais fornecidos pelo governo ao presidente, membros do gabinete e ao chefe da oposição no Parlamento.
No mesmo vídeo, ele disse que “os acontecimentos recentes perto da fronteira de Gaza são exatamente do tipo que no passado nos levaram a ciclos de guerra”. Lapid continuou dizendo que, antes, “os governos israelenses, incluindo os liderados por Netanyahu, souberam como operar para acalmar a situação, reforçando e mobilizando” as forças e “realizando operações precisas, esforços de inteligência”.
Recomendações foram ignoradas
O ex-primeiro-ministro também citou o “trabalho sistemático coordenado com a Autoridade Palestina, os egípcios e os jordanianos”. De acordo com ele, o governo de Israel conseguiu impedir uma onda de ataques terroristas no ano passado porque agiu rapidamente — algo que, afirmou, “não é o que está acontecendo hoje”. Lapid alertou que o governo não estava em coordenação com suas forças de segurança.
As recomendações oficiais de militares, continuou ele, vinham sendo “ignoradas pelos ministros do gabinete do primeiro-ministro israelense”. O líder opositor afirmou que “todos os chefes de segurança”, incluindo o Exército, o Shin Bet (serviço de segurança interna), a polícia e as agências de inteligência estavam “alertando o governo e o gabinete de que a violência” estava aumentando.
O alerta de Lapid reforça a dúvida sobre quem deveria ser responsabilizado pelas falhas de segurança de Israel no dia 7, quando membros do Hamas invadiram o sul do país e mataram mais de 1,4 mil pessoas. Segundo o jornal “The Washington Post”, alguns analistas apontam semelhanças com o que ocorreu após a Guerra do Yom Kippur, em 1973, quando Israel também foi pego de surpresa.
Naquela ocasião, as falhas levaram a uma investigação sobre a atuação da então premiê Golda Meir. Isso marcou o fim da geração dos líderes fundadores do país, além da hegemonia do Partido Trabalhista. Golda deixou o cargo em 1974, abrindo caminho para a primeira vitória eleitoral do Likud, nova força da centro-direita, com Menachem Begin, em 1977.
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