Internacional
Líbano sobe o tom após ameaças de Netanyahu; veja mapa com os bombardeios entre os países
Tensão vem aumentando na fronteira norte de Israel desde que o grupo extremista xiita Hezbollah, aliado do Hamas, declarou apoio à organização palestina
O ministro interino da Informação do Líbano, Ziad Makari, afirmou nesta segunda-feira (23) que o país "não quer guerra" com Israel. Mas também que as autoridades libanesas "estão preparadas para este cenário, caso o Estado judeu intensifique os ataques ao sul do país". Movimento, por sua vez, que o governo israelense justifica como necessária represália ao Hezbollah, grupo xiita aliado do Hamas responsável pelo bombardeio de várias posições em Israel desde o começo do conflito em Gaza.
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Vídeo: Netanyahu diz que está em 'batalha dupla' contra Hezbollah e Hamas
— O governo [do Líbano] não quer guerra — declarou Makari em entrevista à agência russa RIA Novosti. — Se, Deus nos livre, isso acontecer, nós lidaremos com ela.
A fala do ministro libanês vem um dia após o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, afirmar que o país enfrenta "uma batalha dupla", que o Hezbollah cometeria o "erro da sua vida" se entrar em guerra contra Israel, e que as consequências seriam "devastadoras para o Líbano".
'Será uma devastação para o Líbano', diz Netanyahu
Em um gesto aos militares que o premier e seus ministros têm feito, Netanyahu visitou soldados deslocados para o norte do país no último domingo (22). Ele disse não saber, no momento, se o Hezbollah estaria "disposto a entrar de fato na guerra", mas afirmou que um aprofundamento das hostilidades pelo grupo extremista será respondido com uma "força inimaginável".
— Estamos em uma dupla batalha: uma, para manter a ação aqui [evitar uma escalada com o Hamas], e do outro lado [no sul, em Gaza], para vencer, uma vitória absoluta que apagará o Hamas [do mapa] — disse Netanyahu. — Eu não posso dizer agora se o Hezbollah decidiu entrar completamente na guerra. Se decidir, estará pedindo pela Segunda Guerra do Líbano. Eles estarão cometendo o maior erro de suas vidas e nós vamos atingi-los com uma força inimaginável. Significará uma devastação para eles e para o Estado do Líbano.
De acordo com a Organização Internacional para as Migrações da ONU (OIM), mais de 19 mil pessoas tiveram de ser deslocadas dentro do Líbano, devido ao aumento dos incidentes entre Israel e o Hezbollah. Mergulhado em uma crise socioeconômica sem precedentes, o Líbano não implementou um plano de evacuação, mas o primeiro-ministro Najib Mikati declarou que o país desenvolve uma resposta de emergência "como medida de precaução".
Em Israel, cerca de 200 mil pessoas foram deslocadas internamente em função do conflito com o Hamas e das escaramuças com o Hezbollah. Também no domingo, autoridades israelenses afirmaram que pretendem evacuar 14 vilarejos perto da fronteira com o Líbano em função do aumento dos conflitos. De acordo com uma investigação visual do New York Times, os bombardeios entre Hezbollah e Israel já atingiram ao menos 37 localidades nos dois lados da fronteira.
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