Internacional
Vídeo mostra momento em que grupo de estrangeiros chega ao Egito; assista
Catar mediou um acordo entre autoridades egípcias, israelenses e extremistas do Hamas, em coordenação com os EUA
Um grupo composto por palestinos com dupla nacionalidade e estrangeiros chegou ao Egito nesta quarta-feira, após atravessar a passagem de Rafah vindo da Faixa de Gaza. A informação foi divulgada pelo canal de televisão estatal egípcio “Al Qahera”. Segundo a emissora, as pessoas ainda precisam ter seus documentos verificados.
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Imagens divulgadas pela imprensa mostram famílias descendo de um ônibus e carregando suas bagagens em direção ao saguão de desembarque. Em dado momento, um homem sorri para a câmera. Além deles, três pessoas gravemente feridas chegaram ao Hospital Geral de Arish, em El Arish, cidade mais próxima da fronteira de Rafah com Gaza.
Segundo um funcionário local, os pacientes estavam hospedados em tendas. A TV estatal egípcia mostrou pessoas em macas sendo levadas às pressas pelos corredores. Conforme o Ministério da Saúde do Egito, o país tem enviado palestinos gravemente feridos para hospitais da região. Ao todo, 81 pacientes e seus familiares devem chegar nesta quarta.
Os civis seguiram o caminho por meio da passagem de Rafah, que foi aberta ao trânsito de pessoas pela primeira vez desde o início da guerra entre Israel e o grupo terrorista Hamas. A informação foi confirmada por repórteres da AFP no local, que também registraram o momento.
Brasileiros não estão na lista
O embaixador Alessandro Candeas, chefe do Escritório de Representação do Brasil em Ramala, na Cisjordânia, havia confirmado que um grupo de estrangeiros seria autorizado a deixar a Faixa de Gaza e cruzar a fronteira pela primeira vez nesta quarta-feira. A lista não inclui brasileiros, que aguardam desde o início da guerra pela passagem para o território egípcio antes de serem resgatadas.
Segundo Candeas, desta vez, cidadãos australianos, austríacos, búlgaros, finlandeses, indonésios, jordanianos, japoneses e tchecos poderão passar pelo controle de Rafah, além de pessoas ligadas à Cruz Vermelha e outras ONGs. Em nota, o embaixador disse acreditar que "em breve novas listas serão publicadas", e esperar que "nossos brasileiros estejam nelas".
Catar mediou o acordo
Mais cedo, o jornal "The Guardian" havia noticiado que a travessia de Rafah, na fronteira entre a Faixa de Gaza e o Egito, seria aberta nesta quarta-feira para a fuga de pessoas do território em conflito. O diário relata que o Catar mediou um acordo entre Egito, Hamas e Israel, em coordenação com os EUA. Serão beneficiados pelo acordo, segundo o site, cidadãos com passaportes estrangeiros e civis gravemente feridos.
A emissora australiana ABC News informou que funcionários consulares australianos enviaram e-mails aos cidadãos em Gaza, aconselhando-os a viajar para Rafah em meio a relatos de que a travessia poderia ser aberta em breve, para permitir a entrada de estrangeiros no Egito.
Sem internet
Nesta quarta-feira, as conexões de internet e telefone foram cortadas na Faixa de Gaza, segundo divulgou a Paltel, operadora de telecomunicações palestina. "Ao nosso bom povo do querido país, lamentamos anunciar a interrupção total das comunicações e dos serviços de internet em Gaza", afirmou a empresa de telecomunicações na rede social X (antigo Twitter).
A rede de internet e telefonia naquele território ficou cortada na semana passada, mas foi restabelecida no fim de semana. O governo local do Hamas acusou, então, Israel de causar o corte para "perpetrar massacres" na Faixa de Gaza. O provedor de telecomunicações palestino Jawwal atribuiu a queda ao "intenso bombardeio" de Israel no território.
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Gaza é palco de bombardeios e combates terrestres entre tropas israelenses e militantes do movimento palestino, que lançou um ataque contra o Estado judeu em 7 de outubro, deixando mais de 1.400 mortos, segundo as autoridades israelenses. O governo do Hamas em Gaza afirma que mais de 8.500 pessoas, a maioria civis, morreram no território devido aos bombardeios israelenses.
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