Internacional
Jordânia convoca embaixador em Israel e condiciona retorno ao fim da guerra
A Jordânia ordenou o retorno imediato do seu embaixador em Tel-Aviv em protesto contra a escalada da guerra na Faixa de Gaza. O representante israelense em Amã já havia deixado o país árabe e foi orientado a não voltar. O comunicado oficial, no entanto, não deixa claro se a medida representa o rompimento das relações com o Estado israelense.
"O retorno dos embaixadores estará ligado ao fato de Israel acabar com a guerra em Gaza e a catástrofe humanitária que está provocando, assim como todas as medidas que privam os palestinos do seu direito à alimentação, à água, aos medicamentos e ao direito de viverem em segurança no seu território nacional", declarou o Ministro das Relações Exteriores jordano, Ayman Safadi.
A Jordânia foi um dos primeiros países do mundo árabe a reconhecer o Estado de Israel, em 1994, depois dos Acordos de Oslo. A relação diplomática entre Amã e Tel-Aviv se mantém desde então apesar do fracasso da tentativa de paz para o conflito entre árabes e palestinos, e segue a lógica de "paz fria". Ou seja, os países mantêm contatos cordiais e sem conflito, mas a relação não é próxima.
No passado recente, Amã já ameaçou romper com Tel-Aviv caso o plano de anexar territórios palestinos na Cisjordânia ocupada fosse concretizado. Agora, a relação é ainda mais tensa.
No mês passado, o reino cancelou um encontro com o presidente Joe Biden, em meio à crise provocada pela destruição no hospital Al-Ahli, que abrigava milhares de civis na cidade de Gaza. A explosão desencadeou uma onda de protestos na própria Jordânia e em outros países da região como Líbano, Tunísia, Turquia e Irã.
No primeiro momento, o grupo terrorista Hamas, que controla a Faixa de Gaza, culpou Israel pela explosão. O governo israelense, por sua vez, negou que tenha atacado o hospital e apresentou evidências de que a destruição teria sido causada pela falha de um foguete lançado por terroristas da Jihad Islâmica. Mas já era tarde, a viagem de Biden ao Oriente Médio terminou reduzida pela metade.
Ele encontrou o primeiro-ministro israelense Binyamin Netanyahu, em Tel-Aviv, e voltou para os Estados Unidos sem parar em Amã. A ideia inicial era que ele falasse com o rei Abdullah II, da Jordânia, e com os presidentes Abdel Fatah al-Sissi, do Egito, e Mahmoud Abbas, da Autoridade Palestina - o que nunca aconteceu. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)
Mais lidas
-
1ASSASSINATO
Homem é morto a tiros na Cafurna em Palmeira dos Índios
-
2BRIGA CONTINUA
Luísa Duarte dá publicidade inédita ao repasse do duodécimo de R$ 765 mil; valor expõe sobra de mais ou menos R$ 420 mil na Câmara
-
3HUMILHAÇÃO
CSE em crise: Ex-Prefeito, Prefeita Luisa Duarte e Vice Sheila abandonam time na torcida em campo e no bolso
-
4PALMEIRA DOS ÍNDIOS
Luisa Duarte confirma Genivaldo Dindor para compor o secretariado
-
5LEGISLATIVO
Câmara de Vereadores de Palmeira dos Índios realiza cinco sessões extraordinárias nesta segunda-feira (20)