Internacional
George Santos, deputado de origem brasileira, sobrevive a votação e mantém cargo no Congresso dos EUA
Republicano, porém, não está fora de perigo, com julgamento criminal previsto para 2024; ele é acusado de mentir para doares, fraude eletrônica, lavagem de dinheiro e de receber benefícios ilegalmente
Um esforço liderado pelos republicanos para expulsar o deputado George Santos, de origem brasileira, fracassou na noite desta quarta-feira, depois que um grupo de congressistas de Nova York, o estado natal de Santos, não conseguiu persuadir um número suficiente de colegas de que ter admitido que mentiu para eleitores e ter sido processado no âmbito federal por lavagem de dinheiro eram motivos suficientes para expulsá-lo.
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Mesmo quando os membros da Câmara condenaram Santos por mentir para eleitores e doadores sobre sua biografia e currículo e, aparentemente, por falsificar vínculos com o Holocausto e o 11 de setembro, muitos disseram que expulsá-lo agora — quase um ano antes do início de seu julgamento — abriria um precedente perigoso.
Como os republicanos detêm uma maioria muito pequena que não querem colocar em risco, muitos deles, inclusive o novo presidente da Câmara, Mike Johnson, optaram por adiar o julgamento sobre o destino de Santos até a conclusão do processo criminal ou da investigação contínua da Ética da Câmara.
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A resolução foi apresentada pelo deputado Anthony D'Esposito, um republicano de primeiro mandato que representa um distrito vizinho em Long Island. Ele foi apoiado por outros quatro republicanos de Nova York e em grande parte pelos democratas, que promoveram um esforço semelhante em maio, depois que Santos foi processado pela primeira vez.
A iniciativa, no entanto, enfrentou um grande obstáculo. Como a resolução exigia a aprovação de dois terços, todos os democratas e 77 republicanos teriam que votar para expulsar Santos, supondo que todos os 433 membros votassem sobre o assunto.
A votação é a segunda vez em quase seis meses que Santos, de 35 anos, evitou uma pressão para expulsá-lo. E isso abriu caminho para que ele permaneça no cargo enquanto luta contra processos federais que o acusam de envolvimento em uma série de esquemas fraudulentos.
Na semana passada, Santos se declarou inocente das acusações federais, que incluem roubo de identidade de doadores e de atribuir a eles gastos fraudulentos em seus cartões de crédito. Ele também é acusado de fraude eletrônica, lavagem de dinheiro e de receber benefícios de desemprego aos quais não tinha direito durante a pandemia de Covid-19, antes de sua eleição para o Congresso.
O deputado de origem brasileira, no entanto, não está fora de perigo. Seu julgamento criminal está programado para começar em setembro de 2004. A Comissão de Ética da Câmara, que iniciou uma investigação sobre Santos em fevereiro e ainda não divulgou qualquer determinação ou conclusão, também disse, na terça-feira que anunciará seu próximo passo em 17 de novembro.
Além disso, Santos, que está concorrendo à reeleição, enfrenta uma concorrida primária republicana no próximo ano, na qual líderes locais e nacionais disseram que não o apoiarão. (Com The New York Times e AFP)
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