Brasil
Direitos Humanos de Jornalismo: reportagens de EXTRA e 'O Globo' são premiadas
EXTRA conquistou a terceira posição com a reportagem que revelou a identidade de Dona Vitória, que documentou o tráfico numa favela de Copacabana

A série “Mutilados”, do jornal “O Globo”, foi a vencedora na categoria reportagem da 40ª edição do Prêmio Direitos Humanos de Jornalismo, promovido pelo Movimento de Justiça e Direitos Humanos e a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) do Rio Grande do Sul. As reportagens de Felipe Grinberg e Rafael Galdo revelaram o drama das vítimas de amputações provocadas por ferimentos de armas de fogo e explosivos no Rio de Janeiro.
Na mesma categoria, o EXTRA conquistou a terceira posição com a reportagem que revelou a identidade de Dona Vitória, pseudônimo de Joana Zeferino da Paz, que, 17 anos atrás, documentou o tráfico numa favela de Copacabana, na Zona Sul do Rio. A matéria é de Fábio Gusmão, editor executivo do jornal.
— Esse reconhecimento de um dos principais prêmios de direitos humanos é a reparação histórica do feito de Joana da Paz, uma mulher que usou a coragem para lutar pelo que acreditava. Ela ficaria feliz por todos saberem seu nome verdadeiro — disse Gusmão.
Na categoria grande reportagem, o livro “Pedofila na Igreja — Um dossiê inédito sobre abusos envolvendo padres católicos no Brasil”, dos jornalistas Fábio Gusmão e Giampaolo Morgado Braga, ficou em segundo lugar.
Violência que mutila
A série “Mutilados” esquadrinhou dados que não são computados oficialmente e revelou que, nos últimos 15 anos, 2.044 pessoas foram amputadas no país devido à violência armada. No Rio, há 88 vítimas, o que torna a cidade a capital nacional das mutilações.
— Foi um trabalho de grande importância para revelar uma realidade que, embora a gente conheça as histórias, não se acompanha quem vive incapacitado por ser vítima da violência no Rio — disse Rafael Galdo, editor de “O Globo”.
Após a reportagem, a prefeitura do Rio implantou uma notificação compulsória para amputações em hospitais municipais.
— Vimos que os sobreviventes passam pelo processo do luto, além de terem suas vidas totalmente modificadas pela violência — contou o repórter Felipe Grinberg.
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