O brasileiro Danilo Cavalcante, capturado duas semanas depois de fugir de uma penitenciária no estado da Pensilvânia, nos Estados Unidos, foi ouvido em juízo pela primeira vez, na última semana. Ele vai responder a pelo menos seis novos crimes após a fuga da cadeia.

Na audiência, Cavalcante foi indiciado pela fuga da prisão, além de roubo, invasão, furto, receptação e porte ilegal de arma de fogo. No dia 31 de julho, o maranhaense conseguiu fugir da penitenciária de Chester County, no estado da Pensilvânia, ao escalar uma parte do prédio, dando início a uma operação por sua captura que se arrastou por cerca de15 dias e envolveu centenas de agentes policiais.

Segundo a agência de notícias Associated Press, Danilo participou da audiência através de videochamada e não falou muito. Uma nova sessão será marcada para o detalhamento de todas as acusações que o brasileiro vai enfrentar.

Após ser recapturado, Cavalcante foi levado para uma prisão de segurança máxima, onde deverá cumprir sua sentença de prisão perpétua pelo assassinato da maranhense Deborah Brandão. Como recompensa pela captura dele, eram oferecidos US$ 25 mil, cerca de R$ 123 mil.

Presídio passará por 'melhorias na segurança'

Após a fuga do brasileiro, o Conselho Prisional de Chester County aprovou uma reforma milionária no presídio. Os planos envolvem obras para cercar totalmente os oito pátios de exercício com paredes e telhados, além da aquisição de até 75 câmeras de segurança. O projeto deve levar 9 meses para ser concluído, e novos funcionários também devem ser contratados.

No dia 31 de agosto, o brasileiro de 34 anos conseguiu escapar do presídio ao escalar a parede. Cavalcante colocou as mãos na parede da frente e os pés na parede atrás. Dessa forma, ele conseguiu subir e escapar.

Acusações

O brasileiro havia sido preso nos EUA por matar a ex-namorada Déborah Brandão em 2021. Antes, em 2017, ele havia matado Válter dos Reis na cidade de Figueirópolis (TO), mas escapou para os Estados Unidos, onde tem parentes.

Ele foi condenado à prisão perpétua pelo crime e cumpria pena numa cadeia no estado americano da Pensilvânia, de onde fugiu escalando as paredes. Os dois filhos de Déborah viram a mãe ser morta com 38 facadas. Na época, eles tinham 7 e 3 anos de idade. Foi a criança mais velha quem chamou a polícia e contou aos agentes que o ex-namorado de Déborah a havia segurado pelos cabelos antes de golpeá-la no tronco.