Brasil
Influenciador mostra antes e depois da casa da avó que ficou destruída após afundamento do solo em Maceió; veja vídeo
Nas primeiras imagens, gravadas pelo alagoano Rey Costa em 2020, é possível ver que a área de lazer com piscina que agora se transformou em um matagal abandonado
O risco iminente de colapso de uma das 35 minas de extração de sal-gema da Braskem, em Maceió (AL), provocou a evacuação emergencial especialmente no bairro Mutange. Nas redes sociais, o influenciador alagoano Rey Costa compartilhou o antes e depois da casa de sua avó que, segundo ele, viveu por mais de 40 anos na região. Nas primeiras imagens, gravadas em 2020, é possível ver uma área de lazer com piscina e hortas. Agora, o espaço se transformou em um matagal abandonado.
"Minha avó depois de 40 anos de história na casa dela, que ela amava, teve que abandonar a casa dela. Assim foi para mais de 60 mil pessoas em Maceió em 4 bairros afetados", disse o influenciador em vídeo.
Antes de ter que deixar o local, a casa da avó do influencer tinha uma grande piscina e área de lazer onde a idosa criava patos, além de uma horta. Após o abandono, no entanto, um matagal tomou conta do local e portas e janelas da casa foram arrancadas.
A tragédia ocasionada pela ação mineradora da empresa Braskem provocou a evacuação emergencial dos bairros Bebedouro, Bom Parto, Pinheiro, Mutange e Farol. De 2019 para cá, a área, às margens do Lago Mundaú, foi esvaziando até ganhar o aspecto de uma cidade fantasma. Comércios, casas, prédios, condomínios inteiros, não apenas ficaram desabitados, como também foram completamente descaracterizados — janelas, portas, portões, o que a população não levou, os abalos sísmicos colocaram abaixo. A vegetação também engoliu várias construções, contribuindo para o cenário "pós-apocalíptico".
Instabilidade do solo
Depois de dias em queda, novo balanço da Defesa Civil de Maceió mostra que velocidade de afundamento de mina da Braskem na cidade volta a subir. Segundo o órgão, a região cai agora 0,26 cm por hora — 0,01 a mais que o registrado no relatório divulgado na manhã desta segunda-feira. O ritmo vinha desacelerando desde o dia 21 de novembro, e a região já afundou 1,8 metro.
A localidade e as imediações da mina de número 18 seguem em alerta máximo em função do risco iminente de colapso, segundo o coordenador-geral de Defesa Civil de Maceió afirmou ao GLOBO neste domingo. A Braskem disse, nesta segunda-feira, que cinco das 35 minas de sal-gema foram preenchidas com areia, uma das estratégias para o fechamento total dos poços, seguindo plano apresentado e aprovado pela Agência Nacional de Mineração (ANM). O órgão recomendou que nove cavidades sejam totalmente preenchidas.
De acordo com a Braskem, em nota enviada ao GLOBO, outras três minas estão com os trabalhos em andamento e uma está "pressurizada, indicando não ser mais necessário o preenchimento com areia. Além dessas, em outras cinco cavidades foi confirmado o status de autopreenchimento". O plano, que está 70% concluído de acordo com a mineradora, deve ser concluído em meados de 2025.
Mais lidas
-
1NO APAGAR DAS LUZES
OAB palmeirense cobra transparência na gestão municipal de Palmeira dos Índios
-
2MAIORIA FORMADA
Oito vereadores de Palmeira subscrevem petição da OAB e exigem explicações sobre mais contratos e recursos municipais da gestão do imperador
-
3IPVA 2025
Sefaz divulga calendário de pagamento do IPVA em Alagoas
-
4VAMOS A LA PLAYA
Vereadores eleitos de Palmeira dos Índios se refugiam em praia paradisíaca antes de posse e eleição na Câmara
-
5VIOLÊNCIA
Homem agride companheira dentro da UPA de Palmeira dos Índios e causa danos ao patrimônio público