Brasil
Corpos de vítimas de queda de helicóptero em SP são retirados da mata e seguem por terra para o IML
Vítimas são os passageiros Luciana Marley Rodzewics Santos, Letícia Ayumi Rodzewics Sakumoto, Rafael Torres e o piloto, Cassiano Tete Teodoro
Os corpos das vítimas do acidente de helicóptero que deixou quatro mortos no litoral de São Paulo foram retirados da área de mata, onde a aeronave caiu, na manhã deste sábado. De acordo com a Polícia Militar do estado, os corpos serão encaminhados ao Instituto Médico Legal (IML) por via terrestre, por causa do mau tempo na região. O helicóptero foi encontrado nesta sexta-feira, em Paraibuna (SP), após 12 dias de buscas.
Perícias nos destroços e nos corpos dos tripulantes no local onde o helicóptero caiu vão auxiliar investigadores a determinarem o que causou o acidente. Um dos itens a serem avaliados pelos peritos é a posição em que as vítimas foram localizadas.
A partir da investigação, serão respondidas perguntas como: se as mortes ocorreram em função da queda ou após o acidente.
Quem eram os ocupantes de helicóptero desaparecido?
A Polícia Militar confirmou a morte das quatro pessoas que estavam a bordo. As vítimas são:
Luciana Marley Rodzewics Santos, de 46 anos;
Letícia Ayumi Rodzewics Sakumoto (filha de Luciana), de 20;
Rafael Torres (amigo da família), de 41 anos;
Cassiano Tete Teodoro (piloto), de 44 anos.
Jovem alertou sobre condições de voo
Nas redes sociais, Luciana Rodzewics chegou a compartilhar um vídeo com o momento da decolagem. As imagens mostram o céu de São Paulo nublado. Rafael Torres e piloto aparecem sentados na parte dianteira do helicóptero e Luciana faz a filmagem da parte de trás.
Silvia Santos, irmã de Luciana e tia de Letícia, disse que a jovem enviou uma mensagem à família antes do desaparecimento, alertando sobre as condições perigosas de voo devido à intensa neblina. Segundo a CNN, em uma mensagem, Letícia mencionou:
"Tá perigoso. Muita neblina, estou voltando." A família também recebeu um vídeo que mostrava a densa neblina no momento do desaparecimento. Uma mensagem na qual a jovem contava ao namorado que o helicóptero havia feito um pouso de emergência numa área de mata por conta do tempo ruim.
Dificuldades e licença cassada
O piloto relatou ao dono e coordenador do heliponto em Ilhabela dificuldades durante o voo devidas às condições climáticas do local. De acordo com o Uol, o piloto explicou a Jorge Maroum que não tinha a visibilidade adequada durante o voo.
— Tá tudo colado aqui. Não vai dar certo não, Jorge — disse Cassiano, em referência à visibilidade ruim no céu.
Jorge, então, pede que o piloto "venha por cima" porque haveria "um buraco" em que a visibilidade estaria melhor. Ainda de acordo com o Uol, Cassiano relatou que não tinha "condição de subir".
Em nota a Anac diz que Cassiano Tete Teodoro “não dispõe de confirmação de sua presença como piloto em comando do voo". Além disso, ele "teve sua licença e todas as habilitações sumariamente cassadas pela Agência em 15 de setembro de 2021 por condutas infracionais graves à segurança da aviação civil”. A Anac diz que ele chegou a recorrer, mas a decisão foi mantida.
Ainda de acordo com a agência, “em outubro de 2023, após observar prazo máximo legal para a penalidade administrativa de cassação, que é dois anos, o piloto retornou ao sistema de aviação civil ao obter nova licença com habilitação para Piloto Privado de Helicóptero (PPH)”. “Essa licença não dá autorização para realização de voos comerciais de passageiros”, finaliza a Anac. Segundo a CNN, a advogada Érica Rodrigues Zandoná, que representa o piloto, diz que “a defesa se resguarda o direito de não comentar até averiguar todos os fatos junto ao seu cliente”.
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