Brasil
Quem é a 'Japa do Crime', presa com R$ 1 milhão: vida de luxo com marido, chefe de facção, teve férias no Rio de helicóptero e barco
Karen de Moura Tanaka Mori foi presa nesta semana em São Paulo, suspeita de lavar dinheiro para a principal facção criminosa paulista
Presa na última quinta-feira por suspeita de lavagem de dinheiro para uma das maiores facções criminosas do país, Karen de Moura Tanaka Mori, de 37 anos, a "Japa do Crime", teve uma vida de luxo ao lado do ex-marido, Wagner Ferreira da Silva. Conhecido como "Cabelo Duro", ele era apontado como líder da principal organização criminosa de São Paulo e foi executado em 2018, em São Paulo. Durante os três anos que viveram juntos, Karen e Wagner gastaram com imóvel e viagens.
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A prisão de Karen aconteceu no apartamento dela, no bairro Tatuapé, na capital paulista, local em que a polícia apreendeu R$ 1 milhão, além de 50 mil dólares (quase R$ 250 mil) também em espécie e um veículo. O dinheiro estava dentro de uma mala.
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Karen é viúva de Wagner Ferreira da Silva, o "Cabelo Duro", apontado como um dos chefes do PCC que foi assassinado a tiros em 23 de fevereiro de 2018 em frente a um hotel na Zona Leste de São Paulo. Os dois tiveram um filho, ainda menor de idade atualmente, cuja identidade não foi revelada. Segundo a Polícia Civil de São Paulo, ela era investigada por lavagem de dinheiro para a organização criminosa desde o ano passado.
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Enquanto viviam juntos, Karen e Wagner ostentaram. Pouco depois da morte do marido, ainda no primeiro semestre de 2018, ela prestou depoimento à polícia e contou sobre a vida de luxo do casal. A bordo do helicóptero de Wagner, os dois viajaram juntos para locais como Santa Catarina, Barretos (interior de SP) e Angra dos Reis.
À cidade na Costa Verde fluminense, Karen contou que foi com o marido ao menos duas vezes, inclusive de barco, conforme publicou Josmar Jozino, colunista do UOL — o jornalista revelou ainda que um duplex de quase 600m², adquirido pelo casal em 2017 e que está no nome de Karen, saiu por R$ 3 milhões.
Karen relatou na época à polícia que o marido fez várias viagens acompanhado de amigos a Angra dos Reis de férias, inclusive para passar o carnaval.
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Quando Wagner morreu, a polícia apurava se ele tinha ligação com as mortes de Rogério Jeremias de Simone, o Gegê do Mangue, e Fabiano Alves de Souza, o Paca, também apontados como líderes do PCC. Ambos foram encontrados mortos no Ceará no dia 16 de fevereiro de 2018, uma semana antes de Wagner ser executado.
A prisão de Karen foi anunciada no fim desta semana durante uma entrevista feita pelo secretário de Segurança Pública de SP, Guilherme Derrite, e pelo delegado-geral de SP, Artur José Dian, em Santos. Segundo Dian, as investigações iniciadas em junho de 2023 apontam que ela é uma das principais responsáveis pela lavagem de dinheiro do tráfico de drogas para o PCC na Baixada Santista.
Ao portal g1, o advogado de Karen, João Armôa Junior, afirmou que ela é inocente, e que o dinheiro encontrado vem da venda de veículos e imóveis "que são totalmente lícitos": "Isso vai ser comprovado no curso da instrução do processo", afirmou Armôa. Ainda segundo ele, Karen, que teve a prisão convertida em preventiva, não tinha conhecimento do histórico criminoso do marido. O advogado acrescentou na entrevista ao g1 que Karen tem ensino superior e é ré primária. A expectativa da defesa é de que seja concedida liberdade provisória ou prisão domiciliar, para que Karen possa cuidar do filho, que é menor.
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