O funkeiro e ex-"BBB 24" MC Binn está participando de um mutirão de sua produtora musical, a GR 6, em prol de doações para o Rio Grande do Sul, estado devastado pelas chuvas e enchentes sem precedentes. Nesta terça-feira (14), ele mostrou nos stories do Instagram que separou, em seu apartamento, em São Paulo, uma montanha de roupas e tênis novos, algumas peças ainda com etiquetas, para mandar aos que estão passando por necessidades.

"Consegui separar bastante roupa boa, até nova, pra doar. Tem uma montoeira aqui. Continuem doando, gente, ainda mais roupa de frio. Umas com etiqueta, essa aqui eu usei uma vez só. Se for pra doar, tem que doar coisa boa e nova. Eu fui ensinado assim. Eu vou doar aquilo que um dia, se eu precisasse, eu queria receber. Dar o de melhor é o que eu aprendi. Quando a gente está nessa posição de servir, tem que fazer sempre o melhor pro próximo", explicou, enquanto mostrava as peças reunidas, ao lado da tia, Maisa, que as dobrava.

Em seguida, Binn mostrou pares de tênis novinhos:

"Esse tênis aqui, eu nunca usei, só tirei foto. Esse aqui eu usei duas vezes só. Vão embora, é por uma causa boa".

Voluntários que fazem a triagem do vestuário que chega ao Rio Grande do Sul têm reclamado que as peças chegam em mau estado aos centros de recolhimento de Porto Alegre. Entre os itens, há calcinhas sujas, roupas rasgadas, calçados sem cadarços nem solado, além de objetos dispensáveis para a população neste momento, como sapatos de salto alto.

Em entrevista recente ao EXTRA, MC Binn e sua mãe, a pastora Mariza Ventura, falaram sobre a sua parceria também na solidariedade.

— Ela faz muita ação social. Ajuda a doar cestas básicas, a arrecadar dinheiro para poder pagar aluguel de algum membro da igreja, de pessoas da comunidade. Por isso, precisava se locomover com frequência, então dei um carro pra ela. Eu também tenho vontade de ajudar muitas pessoas, mas não tenho tanto tempo. Então, a gente se une também nisso — contou Binn, de 30 anos.

Dona Mariza, de 50, também celebrou o bom coração do filho, a quem adotou quando ele tinha 18:

— Binn sempre foi muito solidário. Se ele compra um par de sapatos, doa três. Ele sempre sentiu a dor do próximo. Outro dia, tinha umas dez pessoas que ele conheceu na época em que dormia na rua nadando na piscina dele, e o porteiro desesperado. Criamos essa parceria também na solidariedade, porque viemos de um mundo onde isso não existia. Nosso sonho é poder montar uma casa de acolhimento para velhinhos, crianças órfãs... E nós dois temos um pacto: não mentir um pro outro, nem ter segredos. Nossa conexão é muito grande.