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Úrsula Corona se dedica à carreira de apresentadora e a projeto contra a fome, mas quer voltar a fazer novela

Comunicadora e atriz comanda o reality show 'Vida de merendeira', disponível no YouTube

Agência O Globo - 13/07/2024
Úrsula Corona se dedica à carreira de apresentadora e a projeto contra a fome, mas quer voltar a fazer novela

Úrsula Corona estreou nas novelas quando tinha 13 anos, e, ao longo dos anos, integrou o elenco de várias produções como "História de amor" (1995) e "O beijo do vampiro" (2002). Nos últimos meses, ela vem se dedicado à função de apresentadora, ofício que se mostrou para ela como uma grande paixão. Jornalista de formação, Úrsula comandou recentemente o reality "Vida de merendeira", pelo canal Sabor e Arte, disponível no YouTube.

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No programa, 15 profissionais de todas as regiões do Brasil que se dedicam à produção de alimentação escolar precisam demonstrar suas habilidades na execução de receitas saborosas, nutritivas e que representem as culturas alimentares de suas localidades.

Nos 8 episódios da atração, já disponível no YouTube no canal Sabor e Arte, a atriz, de 42 anos, tem um reencontro com um dos temas com que mais tem afinidade: a segurança alimentar.

Preocupada com o consumo consciente e o combate ao desperdício, a artista fundou a startup brasileira ''Fome de Tudo'', que tem diversas iniciativas sobre o tema. Longe das novelas brasileiras desde "Totalmente demais" (2015), a carioca vive entre o Brasil, Portugal e Inglaterra.

Como foi comandar o reality que trata de um tema tão importante que é a insegurança alimentar?

É um programa brasileiro valorizando mulheres com histórias múltiplas, que se esforçam diariamente para alimentar milhares de crianças e jovens todos os dias. Um tema que para mim é prioritário. Eu tenho um instituto em que a gente foca muito nesse assunto. Ao mesmo tempo, apresentar é uma paixão recente para mim. Eu tô cada vez mais empenhada em mergulhar no universo da comunicação.

O que mais impressionou você nas histórias que ouviu ao longo do programa?

Levar comida para as escolas é um programa de educação, e não assistencialismo. É legal ver como um programa de educação impacta toda uma região e muitas vidas. Durante o programa, eu conheci uma menina que veio da escola pública. Ela teve a oportunidade de ter alimentação escolar como uma das refeições mais prioritárias do dia a dia dela. Hoje ela é universitária. Se não tivesse a comida na escola, ela não teria incentivo de estudar. Para muitas crianças, a única refeição é a merenda da escola. O reality tem a riqueza de mostrar entretenimento, diversão e competição. A gente fala de transformação, de emoção, muitos mais do que simplesmente ganhar prêmios e da oportunidade da visibilidade. Foi uma emoção a cada episódio. Muitas vezes tive que controlar meus sentimentos.

O que motivou você a ser porta-voz desse tema de segurança alimentar?

De um lado, tenho uma família megaestruturada financeiramente. Do outro, uma família muito humilde. Comecei a ganhar dinheiro muito cedo. Meus pais foram muito inteligentes e sábios para me educar financeiramente e não perder o chão. Eu acredito que a fome é a mesma coisa de você ter uma Ferrari e não ter gasolina. A alimentação é algo muito básico. A gente não precisava estar aqui lutando (contra ela). Minha avó passou muita dificuldade. A fome esteve muito perto da gente. Meus pais me deram tudo de melhor que eles podiam, mas foi uma vida de muita luta.

Você sabe cozinhar?

Eu não como carne há 38 anos. Eu parei de comer depois que vi meu tio matando uma vaca na minha frente. Não me faz falta. Eu detesto desperdício, então invento tudo. Adoro fazer uma moqueca. Eu como tudo do mar.

Como você concilia os trabalhos no Brasil e na Europa?

Estou entre Inglaterra e Portugal, mas eu tô muito no Brasil. Estou há 14 anos fora, mas tenho priorizado meus trabalhos aqui justamente para poder estar mais perto da família. Sou filha única, meus pais estão ótimos, porém quero estar mais perto deles. A gente gravou entre Rio, Brasília e alguns estados. Fiquei dois meses gravando nessas cidades.

Como está a carreira de atriz?

Não dei pausa. Fiz um filme na Paraíba chamado "Juventude vendida", onde a gente traz uma realidade difícil, que é a prostituição infantil velada. Sinto saudade de atuar nas novelas. Lá fora, fiz algumas coisas, como série e folhetins. No Brasil, pode ser que pinte alguma novidade no segundo semestre. É um desejo meu voltar às novelas.

Como está sua vida pessoal?

Tenho uma filha de quatro patas, a Cuíca, que eu adotei quando estava gravando uma novela em Portugal. Sou super a favor da adoção. Não casei, mas também não estou sozinha. Meu coração está ocupado.